Como é possível as câmaras municipais terem chegado a esta situação? Para onde foi o dinheiro que receberam do Estado que era destinado ao pagamento dos transportes dos estudantes? Que autarcas temos nós? O não pagamento de um serviço a uma empresa como a Rodoviária do Tejo, que não recebe quaisquer subsídios do Estado e que vive do serviço que presta é um acto inqualificável. A empresa tem mais de seiscentos trabalhadores e tem que lhes pagar os ordenados e manter os seus postos de trabalho. E tem que pagar atempadamente aos seus fornecedores, nomeadamente aos vendedores de combustível. Uma dívida de cerca de 3 milhões de euros em 2008 já era uma situação escandalosa mas chegar a Julho deste ano com uma dívida total de 10,5 milhões é uma enormidade. Acabou-se o tempo do foguetório político local. O rei vai nu. Os autarcas têm que se deixar de tretas oratórias. Aquela coisa de dizerem que fazem melhor com menos dinheiro caiu por terra. É mentira. Fazer e não pagar é batota. Virgílio Manuel Neves