uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante

Materiais Diversos para trocar as voltas à crise

Terceira edição do festival decorre entre 21 e 30 de Outubro em Alcanena, Minde e Torres Novas. Dança, teatro, música e cinema são os ingredientes da iniciativa.

“Esta é uma edição sui generis, devido ao período sui generis que estamos a atravessar”, começa por avisar Tiago Guedes, director do Festival de Materiais Diversos que se realiza pelo terceiro ano consecutivo. Mas mesmo em ano de crise económica, o festival quis marcar o ponto e oferece, entre os dias 21 e 30 de Outubro, um conjunto de espectáculos que percorrem o triângulo Minde, Alcanena e Torres Novas. Dança, teatro, música e cinema são os ingredientes principais que este ano, devido à conjuntura económica, tem uma programação mais reduzida, mas promete surpreender o público pela intensidade de cada espectáculo. A contenção sentiu-se, por exemplo, na representação de artistas internacionais que este ano se resume a uma presença (contra as quatro comparências das edições anteriores) nos oito espectáculos anunciados. E é precisamente o único espectáculo internacional que abre o Festival de Materiais Diversos, a 21 de Outubro, pelas 21h30, na BlackBox no Centro de Artes e Ofícios (CAORG) de Minde, levando ao público a peça “Sylphides”, da autoria de dois jovens coreógrafos franceses, Cecilia Bengolea e François Chaignaud. Uma peça que dá o mote ao festival, e também aos dias de hoje, uma vez que aborda o tema da “Morte e Ressurreição” mas num sentido mais genérico.”Reflecte sobre o que é que temos de perder hoje em dia para voltar a ter outro tipo de coisas. Nos dias que correm é uma ideia muito pertinente”, considera o programador. Outro espectáculo que promete dar que falar realiza-se no sábado, pelas 21h30, no Teatro Virgínia em Torres Novas. “A viagem” da coreógrafa Filipa Francisco, natural de Abrantes mas a residir em Lisboa há muitos anos. Presente nesta apresentação, a artista explicou que este espectáculo resulta de um trabalho coreográfico que está a desenvolver desde Julho com o Rancho Folclórico dos Riachos.“A ideia é ver como se pode fazer a junção entre a dança contemporânea, de onde venho, e as danças tradicionais como o fandango”, resumiu a coreógrafa que assistiu a dezenas de ensaios de ranchos. Há ainda a peça “Daqui vê-se melhor”, dedicada aos mais jovens, acerca da história do Teatro, que se realiza a 25 de Outubro, no Cine-Teatro São Pedro, em Alcanena, às 10h30 para as crianças das escolas do concelho e, no mesmo dia, às 21h30 para os pais que quiserem levar os filhos. O festival vai seguir a fórmula de um espectáculo por dia mas com algumas actividades paralelas como é o caso de noites animadas por disc jockeys (DJ) convidados no chamado Ponto de Encontro. “Como é um festival feito num sítio muito pequeno e onde praticamente toda a comunidade está envolvida, achamos interessante ter um local onde as pessoas, de todas as gerações, após os espectáculos, possam ir beber um copo ou ouvir música”, revelou Tiago Guedes, acrescentando que após os espectáculos segue-se sempre uma conversa com os seus autores. Destaque ainda para três sessões de cinema (com filmes escolhidos pelos artistas que participam no festival) e para um debate que vai ter lugar no Cine-Teatro São Pedro, na quinta-feira, 27 de Outubro, entre as 10h00 e as 18h00 sobre o tema “Programar em Tempos de Crise”, onde um grupo de programadores e artistas, vão reflectir sobre o desfio que é criar e programar num novo paradigma.

Mais Notícias

    A carregar...