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Gerir um negócio rodeado de animais

Gerir um negócio rodeado de animais

Jorge Cinturão é proprietário da “Zooamazónia”, uma loja em Santarém que facilmente desperta a curiosidade

Quem pára e observa a loja encontra um pouco de tudo, desde pássaros a peixes, gatinhos ou cachorros, coelhos e diferentes tipos de roedores ou até uma caixa de gafanhotos ou de minhocas.

Jorge Cinturão tem paixão por animais. Com uma loja dedicada à área em Santarém, afirma que adora a sua profissão, todos os seus altos e baixos, e não pensa em enveredar por outro ramo. Comenta que nem sempre é um trabalho fácil. Os animais também têm os seus feitios, por vezes passam-se noites em branco e nem todas as pessoas que adquirem um bicho de estimação possuem a real noção da responsabilidade que isso representa e estão preparadas para a enfrentar. Para já tem apenas uma loja, perto do W Shopping, mas nos seus projectos futuros encontra-se um dia vir a possuir uma cadeia de lojas dedicadas a animais.O nome do estabelecimento de Jorge Cinturão não passa despercebido. Quem pára e observa o “Zooamazónia” encontra um pouco de tudo, desde pássaros a peixes, gatinhos ou cachorros, coelhos e diferentes tipos de roedores ou até uma caixa de gafanhotos ou de minhocas. O nome está de acordo com o espírito que se vive no espaço, que é o de acolher uma grande diversidade de animais.Assim o explica Jorge Cinturão, sempre atarefado no espaço apertado, entre animais, rações, equipamentos específicos, brinquedos e a curiosidade dos visitantes que entram para fazer festas no cachorrinho que se vê da porta ou no gato irrequieto que brinca em frente à montra. “Quanto custa?”, perguntam muitos. “Estou apenas a ver”, referem alguns curiosos, de olhos colados nos pequenos animais.Jorge Cinturão fez apenas o 9º ano, tendo seguido a vida militar e exercido funções durante três anos e meio no antigo Presídio Militar de Santarém. “Depois resolvi abrir a loja de animais”, comenta, afirmando que sempre gostou de animais e, com o espaço, teria por fim a oportunidade de lidar com eles, nas suas várias espécies. “Fascinam-me muito”, refere. “Desde pequeno sempre tive cães, gatos e aves e brincava muito com eles”. Não obstante o gosto por eles, comenta que cada animal tem o seu temperamento e há alguns mais temperamentais que outros. Nem sempre é fácil trabalhar na área, passam-se noites acordado quando, por exemplo, nascem crias, mas nunca pensou mudar de profissão. “Adoro o que faço”, sublinha. De todos os animais com que teve a oportunidade de lidar, afirma que o seu favorito é o gato sem pêlo. “Os gatos sem pêlo são dos animais mais dóceis que conheço”, explica.À sua loja já chegaram pedidos muito estranhos. Macacos ou lobos foram alguns dos animais que já lhe foram solicitados. Apesar de tudo, reconhece que a maioria das pessoas não tem real noção da responsabilidade que é ter um animal de estimação. “Algumas pessoas reclamam do facto do animal fazer as necessidades ou do muito barulho”, comenta.Quem compra mostra sempre muitas dúvidas. “Se falarmos de peixes, perguntam sobre temperaturas da água, ph, criação. Se o tema for sobre aves ou cães, entre outros, as questões são sempre em relação ao habitat, a criação ou a alimentação mais adequada”.Por isso, se uma pessoa pensar em adquirir um animal, aconselha a que se pondere bem sobre se possui todas as condições necessárias para assegurar o seu bem-estar. E informar-se, para que o animal esteja sempre bem tratado. Se lhe perguntam o que mais lhe custa fazer na área, torna a afirmar que tudo pelo que passa é feito com gosto e paixão. “Gosto imenso do que faço”, reitera. Aliás, quem desejar ser um bom profissional no ramo das lojas de animais tem que, acima de tudo, ser simpático. “A simpatia e a honestidade são o mais importante para quem tem uma porta aberta”, sublinha.
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