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Paulo Caldas pediu desculpa a Cavaco Silva pela ausência do PSD

Autarca do Cartaxo diz que o fez em público e em privado ao Presidente da República, lamentando o acto “menos digno” protagonizado pelos sociais-democratas e por eleitos de CDU e BE.

O presidente da Câmara do Cartaxo, Paulo Caldas (PS), pediu desculpa em público e em privado ao Presidente da República (PR), pelo boicote que os eleitos da oposição nos órgãos do município fizeram à cerimónia de inauguração do Parque Central da cidade, em particular os autarcas do PSD, partido que apoiou Cavaco Silva na reeleição ao cargo.Os vereadores da câmara e os deputados municipais do PSD decidiram não comparecer à inauguração do Parque Central do Cartaxo para se demarcarem do que consideraram ser a “festa de despedida” de Paulo Caldas da liderança da câmara, que o próprio decidiu e que deve deixar em breve. No olhar possível entre centenas de pessoas, entre público e convidados, apenas o presidente da Junta de Freguesia da Ereira, João Mota, eleito pelo PSD, esteve presente “autorizado”.Paulo Caldas rotula a postura dos eleitos sociais-democratas de “menos digna” e considera que as palavras de Cavaco Silva de apelo à coesão em tempos difíceis, e de não se perder tempo com divisões, é o melhor exemplo da postura a ter por todos os protagonistas políticos.Durante a sessão solene, no salão nobre dos Paços do Concelho, Cavaco Silva lembrou uma passagem do livro “Viagens na minha Terra”, de Almeida Garrett, sobre o proprietário de um café do Cartaxo que sugeria que não se brigasse nem se perdesse tempo com “querelas estéreis” nos tempos que correm. Paulo Caldas lembra que o Presidente da República é o presidente de todos os portugueses e que se deslocou ao Cartaxo solidário com as suas gentes. “Não encaro este acontecimento como uma vitória pessoal. A grande vitória do Cartaxo é poder ver que os cartaxeiros estão na linha da frente para lutar e melhorar as nossas condições de vida com a sua presença. É a vitória do Cartaxo e dos cartaxeiros, não é vitória minha”, sublinhou. O autarca nega ainda que a inauguração do Parque Central tenha sido a sua festa de despedida, como avançou a oposição. Garante que nunca se irá despedir do Cartaxo. “Quando deixar de ser autarca vou lembrar-me deste dia em que o Presidente da República veio cá e teve grande dignidade de tratamento por parte de todos os cartaxeiros. Essa é a minha alegria e satisfação interior”, concluiu perante os jornalistas.Durante a visita ao Cartaxo, Cavaco Silva, sublinhou que o concelho conseguiu avançar no sentido do progresso nas últimas décadas, aliando a “modernização na viticultura e da qualidade do vinho à atracção de empresas para os seus parques industriais”. A inauguração do Parque Central do Cartaxo representou um investimento de 4,5 milhões de euros, com 85 por cento de comparticipação de fundos comunitários.Com a construção do parque, de que a câmara assume para já a gestão, são disponibilizados 620 lugares de estacionamento à superfície, que serão gratuitos até final do ano, e mais 200 lugares no parque de estacionamento subterrâneo, que também será gratuito até final do ano assim que estiver concluído o seu licenciamento e condições técnicas para abrir ao público. Um parque infantil e uma zona de bares e restaurantes junto à praça de touros são as restantes valências do parque que uniu toda a área do largo Vasco da Gama, desviando o trajecto da Estrada Nacional 3 no centro da cidade.

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