Bom, a análise a este pacote de medidas deverá ter que ser efectuado, impreterivelmente, no “terreno”, pois existe a questão, entre outras, da distância das actuais freguesias da sede de concelho ou da freguesia mais próxima onde as distâncias são as maiores as populações aí residentes na sua maioria idosas ... Agora parece-me que nas sedes de concelho podem e devem extinguir todas as freguesias que não tenham pelo menos 20 000 habitantes e não 25.000 como é proposto, atendendo que a maioria das cidades nem 20 000 habitantes tem. Isso já deveria ter sido feito há muito tempo. Depois há a questão do elevado número de câmaras municipais que existem no país. No Vale do Tejo, onde existem 10 Municípios (Santarém, Alcanena, Golegã, Torres Novas, Entroncamento, Barquinha, Constância, Tomar, Abrantes e Sardoal), poderiam existir somente 4 (Santarém, Torres Novas, Entroncamento e Tomar). Passando a existir nas restantes uma Loja do Cidadão (neste caso a Barquinha já possui). Agora vejam, seriam 6 Câmaras que iam à vida; seriam 6 Repartições de Finanças à vida; seriam 6 serviços sociais a menos. A maioria dos trabalhadores desses serviços seriam transferidos para as juntas de freguesia, Lojas do Cidadão e Repartições de Finanças de outros municípios vizinhos abrindo aqui a hipótese de existirem muitos mais Inspectores e Cobradores das Finanças no terreno a vasculhar tudo o que é enriquecimento ilícito e o pessoal excedente (os mais velhos) ser-lhes-ia dada a reforma antecipada. O Governo pouparia milhões por ano e aumentava a eficácia dos serviços.Gonçalo Rosário