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Ana Reis

36 anos, empresária, Azambuja

“Nas grandes cidades vêem-se mulheres muito bonitas e bem arranjadas mas no interior as mulheres pecam muito por descurar o aspecto físico. E isso é importante na relação com os maridos e filhos. Os filhos também precisam de sentir orgulho nas mães”.

Por que razão há tanta falta de empreendedorismo?Acho que isso se deve à falta de experiência profissional, à falta de experiência de vida, à falta de coragem e principalmente à falta de dinheiro. Trabalho desde os 17 anos e já tive mais de 15 empregos. Conhecermos vários patrões, vários colegas e convivermos com colaboradores bons e maus faz-nos ganhar bagagem. Os medos também ficam mais reduzidos. A experiência dá-nos mais conhecimento. Alguma vez pensou envolver-se na política?A política não me apaixona. Sinto que falta a parte humana aos políticos da terra, por exemplo. Hoje têm um comportamento e amanhã têm outro. Não mostram o perfil correcto. Temos tantos valores na terra que só são reconhecidos quando morrem. Não vejo as entidades a dar o devido valor às pessoas. Nem à criança que ganhou o prémio de matemática nem ao jovem que fez uma exposição. Liga muito ao seu aspecto exterior?Houve uma altura em que não ligava. Fazia artesanato para crianças. Andava sempre com as unhas roídas, os dedos inchados e com tinta na roupa. Depois de ter o meu filho, talvez por ter tido uma ligeira depressão, melhorei o meu aspecto visual e inscrevi-me no ginásio. Sou eu que arranjo as unhas e me maquilho. As mulheres ainda descuram a beleza?Nas grandes cidades vêem-se mulheres muito bonitas e bem arranjadas mas no interior as mulheres pecam muito por descurar o aspecto físico. E isso é importante na relação com os maridos e filhos. Os filhos também precisam de sentir orgulho nas mães. Vai às compras às grandes superfícies ou ao comércio tradicional?Não gosto de ir às compras. Não sou muito boa a comparar preços. É o marido que as faz. Lá em casa dividimos as tarefas. Sou uma sortuda em relação a isso. E se hoje fosse o último dia do mundo?Como não sou dada a misticismos viveria este dia como todos os outros. O último dia pode ser qualquer dia… Qual seria o destino de uma viagem de sonho?Nunca pensei nisso. Provavelmente preferia que fosse o meu filho a fazer essa viagem. Prefiro trabalhar para que seja ele a desfrutar. Gostaria que ele e a sua geração não tivessem que passar por uma crise que se está a agravar. Compreende que hoje em dia alguns casais optem por não ter filhos?Muitas vezes não é uma opção. É uma necessidade. Compreendo os casais que não querem ter filhos e compreendo as mulheres que recorrem ao aborto. Tem algum livro de cabeceira?Neste momento estou a ler “Filha da Fortuna”, um livro de Isabel Allende, que está um pouco abandonado por mim. É que acompanho o meu filho nas suas leituras à noite e acabo por deixar as minhas de lado…

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