O Azambuja Badminton Clube está a sentir o aperto da crise financeira e pondera reduzir o número de atletas para baixar as despesas. O principal patrocinador do clube retirou-se este ano o que, somado à redução de apoios por parte da Câmara Municipal, deixou o clube num estado delicado.Júlio Martins, presidente do clube, confessa que o cenário é complicado mas recusa-se a baixar os braços. “Não sei quando vamos poder começar a treinar em força, já devíamos ter começado em Setembro mas com as novas regras dos pavilhões não conseguimos. É incomportável que um clube pequeno como o nosso tenha três treinos por semana e pague 7,5 euros por cada hora de pavilhão que ocupa. Em dez meses de treino iríamos gastar quase 2 mil euros, não dá”, lamenta.O clube terminou o último ano com 25 atletas e na freguesia de Aveiras de Cima começaram a ser feitos treinos de formação para crianças dos 6 aos 10 anos. “Com estas novas regras não os podemos manter, pelo menos até encontrarmos novos apoios”, lamenta a O MIRANTE. Júlio Martins estima que seriam precisos 5 mil euros por ano para manter os escalões de formação em actividade. O presidente do clube garante que o Badminton não vai acabar no concelho mas admite a redução de atletas. “Temos cinco atletas em competição mas por conta própria, a única coisa que o clube fez foi federá-los, porque de resto são eles que pagam tudo, deslocações e equipamentos”, revela. O objectivo futuro do clube passa por assegurar apoios que permitam a continuação da modalidade. Fundado a 14 de Outubro de 2008 o Azambuja Badminton Clube já regista um palmarés de várias vitórias a nível nacional e o apuramento para o campeonato do mundo, em 2009, acaba por ser o seu maior feito desportivo.