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Fleumático Manuel Serra d’Aire

Em primeiro lugar quero dar os parabéns ao Governo, e em particular ao nosso conterrâneo Miguel Relvas, pelo esforço desenvolvido nestes poucos meses em prol da saúde e bem estar dos portugueses. Os problemas de obesidade, hipertensão, colesterol, diabetes e afins têm os dias contados graças ao falinhas mansas do ministro das Finanças e companhia, que com o novo Orçamento de Estado vão conseguir fazer mais num ano em termos práticos do que os conselhos e iniciativas que o médico Fernando Pádua tem protagonizado em toda a sua vida.Vamos voltar aos tempos das sardinhas para três porque se vai acabar o dinheiro para o bife; vamos voltar a andar a pé ou de bicicleta porque não vai haver dinheiro para a gasolina; vamos voltar a fumar barbas de milho porque não há dinheiro para o tabaco; e vamos voltar a comer sopas de cavalo cansado ao pequeno almoço porque essa coisa dos cereais com leite e outras mordomias vão tornar-se miragem para muita gente. Abençoado Governo que nos trata da saúde!E se as crianças de Benavente hoje protestam porque estão fartas de comer atum de todas as maneiras e feitios na escola, então esperem pelo que aí vem. Ainda hão-de ter saudades destes tempos opíparos em que o atum lhes faz mal à barriga. Vão por mim.A tua dissertação sobre a vaga de demissões de autarcas do Entroncamento é oportuna. Mas o que retive de mais curioso nesse episódio foi o braço de ferro entre o presidente e o ex-vice-presidente da câmara sobre o processo que levou à saída do ex-vice. O que demonstra que ainda há autarcas para quem a honra é uma coisa sagrada. Todos sabemos o que representa para o currículo de um indivíduo a diferença entre a renúncia a um cargo por sua iniciativa ou ser demitido, a diferença entre a retirada por sua iniciativa ou o ser corrido, entre a saída honrosa e o pontapé no rabo. O que se passou ali, pelos vistos e lidos, foi uma mistura disso tudo e mais alguma coisa. Mais um fenómeno do Entroncamento.E por falar em fenómenos que dizes tu do vereador da Protecção Civil de Tomar ter mandado retirar o banco de jardim que existia à frente do quartel dos bombeiros, deslocando-o para uma zona mais recatada e abrigada das vistas de quem passa? Terá sido uma medida preventiva, evitando que o bombeiral passasse ali horas a fio a ver passar as moçoilas, em vez de estar a fazer coisas mais úteis como arear os capacetes ou enrolar as mangueiras? Este vereador Luís Ferreira é realmente um poço de imaginação.O Santuário de Fátima meteu a Câmara de Ourém em tribunal e pede uma indemnização de 2,3 milhões de euros pela usurpação de um espaço que a Igreja reclama como seu e que a autarquia transformou numa zona pedonal. E tem toda a razão! Se foi Deus que criou o mundo, isto pertence-lhe por inteiro. Terrenos incluídos. É favor, pois, a autarquia devolver o terreno ao dono, ou, neste caso, aos seus representantes terrenos. E com esta sentença me vou.Um Pai Nosso e uma Ave Maria do Serafim das Neves

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