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A japonesa, o saltério e os residentes do lar Adolfo de Carvalho

A japonesa, o saltério e os residentes do lar Adolfo de Carvalho

O som do saltério da japonesa Yumiko Ishizuka fez-se ouvir na festa com que o lar Adolfo de Carvalho, em Riachos, assinalou o Dia Internacional do Idoso, Sábado 21 de Outubro.Música delicada, quase etérea, que o saltério é um instrumento de corda da família da cítara que acompanhava os Salmos ainda antes de Cristo nascer. Yumiko começou a tocar piano aos 3 anos e a estudar solfejo e canto aos 9, no Japão. Mas só descobriu o saltério há dois anos, no Carmelo (convento) em Coimbra onde o instrumento é tocado por algumas monjas para acompanhar cerimónias religiosas. O que faz uma japonesa em Portugal a tocar saltério numa festa de um lar de idosos? Para responder a esta pergunta temos que recuar a 2004. A mãe de Yumiko, professora de música reformada (Emiko Ishizuka), veio a Portugal com as suas três filhas, com as quais forma o grupo “Famirosa Harmony”, porque queria tocar para a irmã Lúcia, uma das videntes de Fátima, que na altura vivia no Carmelo.Nessa visita a filha Yumiko conheceu o seu actual namorado Júlio Marto Pereira, que serviu de guia à família durante uma digressão por algumas cidades. Agora vive em Portugal, em Aljustrel e é Professora de Piano e Professora acompanhadora na Escola de Música e Artes de Ourém e na SAMP. O saltério aparece na história em 2009, numa outra visita ao Carmelo de Coimbra. Depois de se apaixonar por Júlio e por Portugal, Yumiko Ishizuka apaixonou-se pelo bonito instrumento quando o ouviu tocar. “Procurava um instrumento para acompanhar a minha voz e encontrei-o”, diz em português. Para ter um teve que o mandar vir de Toulouse, França. Aprendeu a tocá-lo sozinha e também já compõe e faz arranjos para saltério. E utiliza o som do instrumento em aulas de terapia Wãoque harmoniza o coração e corpo através de vocalização e vibrações sonoras espirituais, com saltério e técnicas de respiração profunda.A directora técnica do lar Adolfo de Carvalho em Riachos, Joana Matias, amiga de Júlio Pereira, teve a feliz ideia de convidar Yumiko para tocar na festa. O sucesso foi garantido. Primeiro a emoção do saltério e a seguir uma canção para os tempos que correm, cantada em coro por todos. “Se o cantar desse dinheiro/Até eu seria rico/Mas o cantar não dá nada/Pobre sou e pobre fico”. Alberto Bastos
A japonesa, o saltério e os residentes do lar Adolfo de Carvalho

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