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Alves Redol homenageado na Golegã, terra dos seus avós

Alves Redol homenageado na Golegã, terra dos seus avós

Alves Redol tinha decidido deixar de escrever, em 1955, quando recebeu uma carta de uma leitora na Bulgária - um dos 15 países onde as suas obras foram traduzidas - que se sentia “extremamente” infeliz com a vida que levava, mas depois de ler “A Fanga” sentiu-se uma “privilegiada” porque percebeu que havia pessoas que passavam mais dificuldades do que ela. Foi a partir deste episódio que Alves Redol decidiu voltar a escrever tendo publicado, entre outros “Barranco de Cegos”, considerado por muitos a sua melhor obra literária.A história foi partilhada por António Redol, filho do escritor neo-realista, na inauguração da exposição “Alves Redol - Um fangueiro ficciona o país”, comemorativa do centenário do nascimento do escritor natural de Vila Franca de Xira. António Redol teve alguma dificuldade em esconder as suas emoções uma vez que a Golegã é uma terra muito especial, local de onde eram naturais e viveram os avós de Alves Redol, Ana da Guia e João Redol. “É aqui que estão as minhas raízes e esta homenagem ao meu pai é particularmente especial para mim”, disse visivelmente emocionado.Na exposição é possível encontrar vários quadros com o rosto do escritor neo-realista, todas as primeiras edições das suas obras - à excepção de “Constantino Guardador de Vacas e de Sonhos”, uma vez que não havia disponível uma primeira edição desse livro - e crónicas que escreveu para vários jornais da época em que viveu. Antes da inauguração da exposição foi descerrada uma placa toponímica no centro da vila ribatejana. O antigo Largo da Machada passa a chamar-se Largo Alves Redol. Para o presidente da Câmara da Golegã esta é uma homenagem justa. “Costumamos homenagear os nossos filhos, neste caso homenageamos o nosso neto. Somos o que fomos e por isso temos obrigação de transmitir às gerações vindouras tudo o que se passou na Golegã. Alves Redol foi um embaixador da nossa terra quando deu a conhecer as suas raízes”, explicou Veiga Maltez referindo-se à obra “A Fanga”, onde o escritor fala sobre a Golegã e o seu povo.
Alves Redol homenageado na Golegã, terra dos seus avós

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