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Pavilhão desportivo e recuperação do Mouchão Parque são prioridades para a Junta de Pernes

Pavilhão desportivo e recuperação do Mouchão Parque são prioridades para a Junta de Pernes

Presidente Salomé Vieira diz que também não irá desistir de manter o posto da GNR

Com os duodécimos da Câmara de Santarém por pagar desde Maio a Junta de Pernes vai gerindo a casa o melhor que pode e para já sem problema em pagar vencimentos mas a autarca admite que não sabe durante quanto tempo a situação se vai prolongar se persistirem os atrasos.

O mandato vai a meio e a presidente da Junta de Freguesia de Pernes, Salomé Vieira (CDU), diz que já esperava dificuldades quando foi eleita para a junta mas não tantas como as que está a passar. A construção de um pavilhão desportivo que sirva tanto a Escola EB 2/3 D. Manuel I como a população e colectividades locais, e a recuperação do Mouchão Parque, com a necessária construção de um paredão que segure a estrutura junto às quedas de água do rio Alviela são, apesar de tudo, prioridades que a autarquia gostava de ver cumpridas. Isto, para já não falar da zona de actividades económicas ser uma realidade, que o mesmo é dizer, serem criados loteamentos e infra-estruturas.“Sabíamos que íamos ter um mandato de tapa-buracos mais do que de grandes obras mas ficaria muito triste se paredão do Mouchão Parque não fosse concretizado. A ARHTejo está em cima do acontecimento mas faltam os fundos comunitários e estamos a aguardar notícias de uma candidatura. Sem a muralha feita não podemos avançar para qualquer tipo de requalificação e uso pela população”, lembra Salomé Vieira. A junta gostaria de ver ali renascer uma sala de chá à semelhança da que houve em tempos, com vista para o rio, um parque infantil em condições para atrair as famílias a usufruírem do local. Ainda sem fim à vista está a despoluição do rio Alviela que, de tempos a tempos, aparece com espuma e matéria oleoso na água.Se o mouchão é a recuperação de um símbolo da freguesia, a construção do pavilhão gimnodesportivo uma real necessidade. O equipamento faria parte de um complexo desportivo falado há muito para a freguesia que incluiria campo de futebol., mas o pavilhão daria apoio directo à Escola EB 2/3 D. Manuel I, às colectividades desportivas e à população. A empreitada foi adjudicada pela Câmara de Santarém, com candidatura a fundos comunitários, mas falta o visto do Tribunal de Contas. A obre tem um custo previsto de cerca de 750 mil euros mais IVA. “Da câmara dizem-me que têm maneira de encontrar o seu financiamento e espero que não iremos contribuir para os milhões que são devolvidos à União Europeia”, analisa a presidente de junta, dizendo acreditar ainda que possa chegar o relvado sintético para servir o Clube Atlético de Pernes e os seus 170 atletas de várias equipas.Contra a saída da GNR e pela discussão mais alargada da reforma administrativa do territórioDois temas agitaram um pouco a freguesia de Pernes pelas conclusões a que chegaram. Num dos casos, um projecto do comando distrital da GNR, de acabar com o posto de Pernes e colocar um militar a fazer ronda diária pela freguesia, entre as 09h00 e as 17h00 numa scooter a adquirir pela junta local. Isto, em vez dos 15 efectivos que o posto de Pernes possui para patrulhar seis freguesias. Salomé Vieira diz que é frontalmente contra. Pernes não está disposta a perder o posto da GNR por um serviço que não chega a ser uma patrulha de dois elementos mas sim uma ronda por um militar em motorizada. “Para a freguesia é mau se a GNR sai de Pernes, vamos lutar para que não nos tirem mais essa valência”, garante a autarca.No que respeita à reforma da administração local e sendo Pernes considero um aglomerado predominantemente urbano, Salomé Vieira espera que a freguesia não venha a ser integrada ou aglomerada noutra, tendo S. Vicente do Paul e Achete a rodeá-la. “Seria com muita mágoa que no meu mandato Pernes deixasse de ser freguesia mas vai haver muita evolução da proposta que não passa de um conjunto de intenções”, diz esperançada.Na boca de muitos pernenses corre o facto quase consumado de que a freguesia é dormitório e não há quem crie empregos. A zona de actividades económicas tarda em sair do papel. Salomé Vieira diz que a última indicação que tem é que se está a negociar terrenos com um privado para se poder avançar, havendo ainda quatro empresas de dentro e fora da freguesia interessadas em se instalarem numa zona industrial. “Por muito poucos postos de trabalho que sejam é de aproveitar”, acrescenta. Apesar das dificuldades Pernes é uma terra rica em associativismo que ainda não quebrou face à crise. A Sociedade Recreativa e Filarmónica Pernense - Música Velha e a Sociedade Musical União Pernense - Música Nova são representam a tradição e a inovação. O Atlético Clube de Pernes Movimenta quase 200 atletas no futebol e futsal, há dois grupos de dadores de sangue na freguesia, associação de caçadores, grupo columbófilo, associação cinegética e os centros de cultura e convívio do Outeiro de Fora e da Póvoa das Mós. Os bombeiros voluntários tem por trás a associação humanitária e, para lembrar, que o rio Alviela é para despoluir existe a CLAPA.Retomar a velha tradição das febras assadas em troncos de oliveira na noite de véspera da feiraCom mais uma Feira de Pernes à porta a Junta de Freguesia quer contribuir para que a animação não se concentre toda no recinto na parte baixa da vila e já contactou os talhos locais para se retomar a tradição das febras serem assadas em cima de troncos de oliveira no largo do Rossio, centro da freguesia.Para Salomé Vieira trazer a feira de regresso ao largo da vila é impraticável e, por isso, deve dar-se ao espaço um pouco do reviver de uma tradição. “Falámos com os talhos de Pernes para fazer as fogueiras dos talhos onde grelhavam as febras nos troncos das oliveiras e é uma das propostas para dar alguma vida cá em cima, agradando a gregos e troianos. Estamos ainda a tentar garantir alguma animação, com apoio da câmara, para o recinto da feira, ao longo das ruas. Para nós, o espaço da feira actual é inevitável, caso contrário íamos dar cabo do Rossio. Vamos tentar que a entrada dos feirantes seja paga antecipadamente e todos saibam os seus pontos de venda na feira”, explica Salomé Vieira.A autarca vive a feira da freguesia de forma mais intensa a nível institucional, pela dimensão que a organização implica, mas não se esquece de cumprir tradições. “Há momentos que são intocáveis como ir à feira para comer pinhões ou castanhas. Tenho ainda uma recordação muito forte. Vivia em frente aos carrinhos de choque e quem lá trabalhava mimava-me sempre como se fosse da família dos meus cinco aos nove anos”, recorda a autarca. Gestão para os gastos correntes e pouco maisCom os duodécimos da Câmara de Santarém por pagar desde Maio a Junta de Pernes vai gerindo a casa o melhor que pode e para já sem problema em pagar vencimentos mas a autarca admite que não sabe durante quanto tempo a situação se vai prolongar se persistirem os atrasos. A junta tem ao seu serviço três funcionários do posto de abastecimento de combustível da vila explorado pela autarquia, mais dois auxiliares e uma administrativa, a que se juntam três colaboradores provenientes do centro de emprego. Para agravar a situação a freguesia ainda não recebeu no actual mandato qualquer dinheiro para liquidar dívida de obras concretizadas.O posto de combustível paga-se a si próprio mas não tem dado grande margem de lucro devido ao aumento da concorrência e ao facto de estar encurralado sem possibilidade de expansão. Três carros é enchente. O contrato termina em 2012 e terá de ser renegociado.
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