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Passivo de 1,2 milhões da OurémViva é herança de empresas municipais já extintas

Presidente da Câmara de Ourém responde às acusações lançadas pelo PSD
A maioria que governa a Câmara de Ourém (PS) justificou a existência de um passivo de 1,2 milhões de euros na empresa municipal OurémViva pela herança deixada por três empresas municipais entretanto extintas. Numa conferência de imprensa destinada a esclarecer as dúvidas e acusações feitas pela oposição PSD, que governou anteriormente a autarquia, “foi apresentado um documento técnico que desmonta tudo”, disse o presidente da câmara, Paulo Fonseca (PS).Os socialistas garantem, por outro lado, que o aumento do passivo relativo ao primeiro semestre agora apresentado pela empresa municipal não é de 782.091 euros, mas sim de 323.190 euros, sublinhando que em seis meses se assistiu a uma redução da dívida em 89.934 euros. Após as eleições, a maioria socialista liderada por Paulo Fonseca extinguiu a VerOurém, a AmbiOurém e o Centro de Negócios, criando uma só empresa municipal a OurémViva e, por isso mesmo, pode ler-se no documento distribuído em reunião de Câmara, “não é correcto comparar o passivo da empresa (…) a 31 de Dezembro, (…) mas comparando com a soma das três empresas” em igual período.No início do mês de Novembro, os social-democratas que, à frente da autarquia, haviam constituído as três empresas municipais, expressaram a sua preocupação com a OurémViva, caracterizando-a como “um quadro verdadeiramente assustador do estado financeiro e da gestão de recursos humanos”.Em comunicado, constatavam o aumento de funcionários e de gastos com pessoal, assim como do prazo de pagamento a fornecedores e perguntavam, “perante a situação calamitosa” qual seria o futuro da empresa municipal.A autarquia admitiu o aumento de funcionários e de gastos com pessoal, mas que este cenário “é maioritariamente justificado pela decisão do município em atribuir novas áreas de actividade à OurémViva”, assim como pela transição de funcionários que eram da autarquia e que passam agora a ser pagos pela empresa municipal.Quanto à dívida aos fornecedores, a autarquia lembra que os fundos de exploração da actual empresa municipal destinaram-se à liquidação de financiamentos bancários existentes na entretanto extinta AmbiOurém, “provocando um aumento de curto prazo nos saldos em aberto com fornecedores”.PSD de Ourém reitera excesso de gastos no municípioEm reacção às declarações do presidente da Câmara de Ourém, Paulo Fonseca, ao balanço do PSD de dois anos de mandato socialista, este partido veio reiterar as acusações de excesso de gastos na autarquia. O executivo PS de Ourém “não soube aceitar democraticamente a visão e os argumentos do maior partido da oposição no concelho”, afirma comunicado social-democrata.“Lamentamos que este balanço tenha provocado mal-estar no sr. presidente, que depois de se ter referido à oposição como «guerrilheira» ou até mesmo «terrorista», lembrou-se agora de os apelidar com insultos gratuitos, como sejam de «bandidos» ou «malandros»”. O PSD recorda os números já apresentados, como o aumento das despesas correntes em 24 por cento ou o “descalabro na gestão financeira das empresas municipais, onde mesmo após a fusão das três houve um aumento do passivo na casa dos 285 por cento”. É ainda mencionada a reedição da revista municipal. “Os socialistas que tanto criticaram o PSD pela publicação do boletim (agora chamam-lhe revista) municipal, juraram que a mesma era um escândalo e que iriam acabar com ela. Agora, porque os prazos políticos começam a apertar, anunciam que vão retomá-la”. Por fim, lembrando a crise e as despesas, dizem que “se o argumento é válido para o cancelamento do almoço de Natal aos funcionários da autarquia (longe vão os tempos dos convívios e das guitarradas), deveria também merecer pelo menos reflexão, os gastos que se avizinham com o célebre Festival Internacional de Cinema e em mais uma edição da Cidade de Natal em Fátima”.

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