Pintar escrever e tocar um instrumento para esquecer a crise
Artistas do concelho de Vila Franca expõem trabalhos no Celeiro da Patriarcal
Dar largas à criatividade e pintar um quadro, escrever um poema ou tocar um instrumento musical podem ser formas de libertar a mente do stress e cansaço do dia-a-dia e esquecer por momentos a crise económica. A opinião é dos artistas do concelho de Vila Franca, que têm os seus trabalhos expostos no Celeiro da Patriarcal até 8 de Janeiro.
Nos tempos que correm aliviar a cabeça dos problemas que se avolumam com a crise, e dar um chuto no stress pode passar por pintar, escrever, fotografar ou tocar um instrumento musical. A opinião é de alguns dos artistas do concelho de Vila Franca de Xira, que têm alguns dos seus trabalhos expostos no Celeiro da Patriarcal até ao dia 8 de Janeiro. Como é o caso do pintor de Alverca, Adriano Pires, que tem dois quadros na exposição. Qualquer uma das actividades é barata e, garante quem o faz há muitos anos, altamente compensadora. Satisfação pessoal e melhoria da auto-estima são outros dos pontos a favor de meter numa tela ou numa folha de papel o lado mais criativo de cada um. A Bienal de Artes Plásticas de Vila Franca, que reúne trabalhos de 45 artistas nas áreas da pintura, desenho, aguarela e fotografia, é organizada pelo Grupo de Artistas e Amigos da Arte (GART) e conta com o apoio da Câmara Municipal. “A qualidade técnica, embora muito importante, nunca se pode sobrepor à visão interpretativa de qualquer artista”, escreve Jorge Alexandre, presidente do GART, no catálogo da exposição. Tentando responder à pergunta “o que é a arte?” o líder do movimento de artistas defende que, acima de tudo, é um conjunto de sensibilidades que compõem o mundo da associação. A inauguração da bienal realizou-se na tarde de sábado, 26 de Novembro, pelas 18h00, contando com a presença de mais de uma centena de pessoas, entre artistas, responsáveis políticos e dirigentes de colectividades. “Nesta exposição estão diversas expressões artísticas que muito nos honram e que compõem um quadro geral da nossa região. Numa altura em que tudo o que vem de fora é que é bom, nós temos aqui a oportunidade de reconhecer que também temos coisas boas. Esperemos que o público faça jus à qualidade desta bienal”, afirmou a presidente do município, Maria da Luz Rosinha (PS) no discurso de inauguração da exposição. A autarca garantiu que a bienal será um projecto a ser repetido no futuro.Homenagem ao FadoAproveitando a candidatura do Fado a património da Humanidade da UNESCO, cujo estatuto foi oficialmente declarado no fim-de-semana, a Bienal de Vila Franca contou também com um momento de homenagem ao fado, onde os vilafranqueses António Manuel e Amália Rodrigues cantaram alguns temas, acompanhados na guitarra por Luís Grácio e na viola por Eduardo Raposo. A O MIRANTE o presidente do GART, Jorge Alexandre, revelou que até ao final do ano vários eventos vão ser realizados no espaço da bienal, incluindo a apresentação de obras literárias.
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