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Castigo aplicado às crianças no Porto Alto

Os putos às vezes dão-nos a volta à cabeça, levam-nos ao limite da santa paciência, mas é aqui que entra o nosso papel de educadores enquanto mãe, pai, irmão, avó ou professor… Temos de ser capazes de nos controlar, de educar com justa medida e peso, enfim, de sermos adultos e agirmos com plena consciência. Tratamos as crianças a maior parte das vezes não como pessoas individuais, mas como seres inferiores, que nada sabem, e não damos grande crédito às suas opiniões. Se prestássemos o mínimo de atenção ao mundo fascinante de uma criança, teríamos tanto para aprender e descobrir. Há um livro muito bom que está publicado em Portugal do John Holt - “Como as crianças aprendem” - que deveria ser lido por todos os educadores e não só. Fica a sugestão. Isto só para dizer que não estou de acordo com o castigo aplicado pela escola às crianças do Porto Alto. É verdade que as crianças se portam mal, correm com a mesma naturalidade que brincam, e não tem muitas das vezes consciência dos perigos associados às brincadeiras. Uma boa conversa, sem gritos, e se for necessário até um castigo adequado, como aumentar o número de deveres ou cortar os intervalos, são medidas que certamente corrigem muito mais comportamentos do que estar a cortar a refeição a crianças nos tempos que correm. Não ficava nada mal a este conselho directivo vir pedir desculpas publicamente pelo que aconteceu. Fátima Caridade

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