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Vereadores do PSD na Câmara de Ourém acusados de andarem a perguntar o que já sabem

Nomeações e vencimentos de administradores da Empresa Municipal foram discutidos em reuniões de câmara

Luís Albuquerque e Vítor Frazão fizeram de conta que só agora é que começaram a participar nas reuniões do executivo e que por isso nada sabem do que se tem passado.

O presidente da Câmara Municipal de Ourém, Paulo Fonseca (PS) considera que alguns requerimentos apresentados pelos vereadores do PSD, um dos quais é Vítor Frazão, ex-presidente do município derrotado nas última eleições autárquicas, são “mesquinhos” e “cirurgicamente feitos para levantar suspeitas e dar trabalho”. As declarações foram feitas a propósito de perguntas colocadas pelos mesmos ao executivo, relativas aos vencimentos de alguns funcionários municipais e administradores da Empresa Municipal (E.M.), bem como à atribuição de viaturas de serviço.“Apesar de todas as nomeações dos Conselhos de Administração das E.M., com a indicação dos nomeados e respectiva base remuneratória terem vindo a reunião de Câmara, como é de lei, os vereadores do PSD vêm agora indagar sobre as mesmas como se ainda ontem aqui tivessem chegado”, declarou o autarca, no decurso da primeira reunião pública de Novembro, realizada no dia 2.Paulo Fonseca que respondia a um requerimento feito a 18 de Outubro por Luís Albuquerque e Vítor Frazão que também incluía perguntas sobre os vencimentos de alguns funcionários municipais e sobre a atribuição de viaturas no município realçou “o incómodo de estar numa reunião a ler os valores de salários” que não são segredo, uma vez que constam da tabela de remunerações da função pública. “Mais incompreensível e absurdo se torna este requerimento quando constatamos que todos estes funcionários municipais foram admitidos no Município de Ourém pelos anteriores executivos, tendo, inclusivamente, trabalhado directamente com os agora requerentes. Ofensivo, é o adjectivo mais brando que encontro para estes pedidos de informações (...)”, disse.Quanto às viaturas ao serviço do executivo municipal explicou que não houve qualquer aquisição. “(...) usamos as mesmas viaturas que eram utilizadas pelo anterior presidente Vítor Frazão, pelos restantes vereadores e gabinete da presidência. O critério de atribuição foi o mesmo, sem que tivesse existido qualquer alteração. Continuamos com os mesmos veículos, sem qualquer nova aquisição, mas com elevados custos de manutenção face à elevada quilometragem que registam”, declarou.O presidente da câmara disse aos vereadores do PSD que não deviam estar tão preocupados com os gastos com pessoal. “(...) se mantivéssemos as Empresas Municipais Verourém e Ambiourém com os salários da gestão PSD havia um gasto anual de salários dos Conselhos de Administração de 119.510,40€. Com a fusão das duas EM e existindo só a OurémViva gasta-se 86.505,96€. Ou seja menos 33.004,44€ anuais, só com salários dos Conselhos de Administração”. O autarca respondeu ainda a outras questões apresentadas por Luís Albuquerque e Vítor Frazão, dizendo que os Administradores da OurémViva e da SRU Fátima não têm secretários e explicando quais as viaturas que estão ao seu serviço. “Ao presidente e vice-presidente do Conselho de Administração da OurémViva estão atribuídas as viaturas deixadas pelos anteriores Conselhos de Administração. Estão distribuídas viaturas de serviço aos Administradores sendo que apenas duas pertencem à EEM, uma vez que o Presidente do CA acumula com as funções de vereador. Os membros do Conselho de Administração da SRU Fátima têm somente um veículo atribuído que é rotativamente utilizado, face às necessidades existentes”.

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