uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante
Carlos Teixeira

Carlos Teixeira

56 anos, empresário, Vila Nova da Rainha, Azambuja

Vejo o aumento de mulheres a prostituírem-se na Estrada Nacional 3, por exemplo, como um sinal dos tempos. Mas recordo que nos anos 60 isso já era um fenómeno.E havia muitos sítios em Azambuja que eram conhecidos pela prostituição.

Era capaz de fazer uma ligação ilegal só para não ter que pagar a electricidade?Às vezes dá vontade disso mas enquanto puder e conseguir ganhar o suficiente para pagar a conta vou manter-me dentro da lei. Mas é daquelas coisas que, como diz o ditado, não poderei dizer “desta água não beberei”. A crise está a evoluir muito rapidamente e infelizmente o que estamos a constatar é que se não houver governantes e pessoas com cabeça suficiente para endireitarem o País, qualquer dia as pessoas têm que entrar pelo caminho da ilegalidade. A presença de prostitutas à beira da estrada é um problema?Vejo o aumento de mulheres a prostituírem-se na Estrada Nacional 3, por exemplo, como um sinal dos tempos. Mas recordo que nos anos 60 isso já era um fenómeno. E havia muitos sítios em Azambuja que eram conhecidos pela prostituição. Julgo que é a necessidade que leva muitas destas mulheres a essa vida, que tende a aumentar na sociedade quanto mais difícil é a crise e o desemprego. Já alguma mulher lhe atirou piropos?Já lá vai o tempo em que elas me assobiavam. Agora a minha careca não entusiasma ninguém. Mas falando a sério, estou estabilizado num casamento e estou muito bem assim. É dos carecas que elas gostam mais ou isso é um mito urbano?Se gostam mais nunca dei por isso. Não digo que seja mentira mas comigo nunca funcionou. Eventualmente poderá haver alguém careca com quem essa teoria tenha resultado. Porque é que no Natal aparecem muitas campanhas de solidariedade?A caridade no Natal é uma moda que reflecte o consumismo da nossa sociedade. Brincar à caridadezinha é coisa que já vem de há muito tempo. Antigamente eram as classes mais elevadas que a praticavam, porque era de bom-tom praticar essa caridade na altura do Natal para se mostrarem solidários. Depois a evolução da sociedade levou a classe média a copiar essas normas da alta sociedade. Quanto à solidariedade que se faz todo o ano, como a do Banco Alimentar, concordo e dou sempre. A solidariedade deve ser uma coisa de todo o ano e não apenas de uma época. A solidariedade natalícia é só para as pessoas aparecerem nas colunas sociais e acho isso dispensável.Trocava com facilidade o carro por uma bicicleta?Sem dúvida. Pelo menos para pequenos trajectos. Actualmente já evito utilizar o carro nas viagens curtas, ando bastante a pé. Isto porque para os percursos maiores teria de ter um fôlego maior que já não tenho.
Carlos Teixeira

Mais Notícias

    A carregar...