Cristo inaugurou um mundo novo mas a sua realização plena depende de nós
Mensagem de Natal do Bispo de Santarém fala de paz e justiça
Construir um mundo de paz, justiça, fraternidade e alegria é a missão que foi confiada à humanidade e é nesse sentido que devemos todos trabalhar. Esta é a base da mensagem de Natal do Bispo de Santarém, D. Manuel Pelino Domingues. “O Natal é uma promessa orientada para o futuro, para um mundo novo onde habita a paz e a justiça, a fraternidade e a alegria. Cristo, pelo seu nascimento, inaugurou esse mundo novo. Mas a sua realização plena depende da colaboração de todos nós. A partir do presépio procuremos construir o Natal na vida. Vamos, portanto, esforçarmo-nos por nascer de novo, despojando-nos do individualismo, da auto-suficiência, das dependências e comodidades para nos convertermos à sobriedade, à partilha, ao acolhimento, ao amor. Façamos do Natal uma missão”, pode ler-se no texto dirigido a “os diocesanos e a todas as pessoas de boa vontade”, intitulado “Um filho foi-nos dado”. “Um menino nos nasceu um filho nos foi dado” é o anúncio de Natal feito pelo profeta Isaías (século VIII antes de Cristo). Continuamos a repeti-lo ao longo dos séculos pela beleza e actualidade que contém. Uma vida que nasce é sempre motivo de encanto e alegria. Mas o nascimento do “Filho”, anunciado por Isaías numa situação dramática, é a promessa de uma grande mudança: a passagem das trevas à luz, da tristeza à alegria, da guerra à paz (Cf Is 9,1-6).Encontramos neste anúncio o sentido profundo e genuíno do Natal: Um descendente de David vem iniciar um mundo novo, uma sociedade onde habita a justiça e a paz, onde se pode viver sem medo, com alegria e liberdade. Acreditamos que esta antiga promessa do profeta Isaías se cumpriu em Jesus Cristo. Ele é o verdadeiro Filho de Deus e Filho do homem que nos foi dado como presente. Veio habitar entre nós para nos conduzir na justiça, na solidariedade, na paz e na alegria”, escreve o Bispo de Santarém que lembra ainda que “O anúncio de Natal está associado à comunhão de amor da família, à profundidade e estabilidade da união familiar”.Na sua mensagem de Natal, dirigida aos católicos, o papa Bento XVI pediu aos cristãos que não se distraiam com as luzes e as “habituais mensagens de tipo comercial” do Natal e que dêem o valor adequado às coisas. “O ambiente exterior propõe as habituais mensagens de tipo comercial, ainda que com menor expressão devido à crise económica. O cristão está convidado a viver o Advento sem se deixar distrair pelas luzes, sabendo dar o valor adequado às coisas”, disse, tendo avisado que “A verdadeira alegria não é fruto do divertimento. (…) A verdadeira alegria está ligada a algo mais profundo”.
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