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Oposição une-se e chumba orçamento da Câmara de Tomar para 2012

Oposição une-se e chumba orçamento da Câmara de Tomar para 2012

Foi a primeira grande mossa na gestão do município após o fim da coligação PSD-PS. Perante este cenário de reprovação, a autarquia será gerida com o orçamento de 2011 pois o PSD não pondera apresentar um novo orçamento.

Com quatro votos contra (Independentes por Tomar e Partido Socialista) e dois a favor (PSD), foi chumbado na tarde de segunda-feira, 12 de Dezembro, o orçamento da Câmara Municipal de Tomar para 2012 no valor de 59 milhões 794 mil euros. Perante este cenário de reprovação, a autarquia será gerida com o orçamento de 2011, no valor de 66 milhões, aprovado em 2010.A reunião, conduzida pelo presidente em exercício, Carlos Carrão (PSD) - na ausência de Corvêlo de Sousa (PSD) que se encontra de baixa médica até 5 de Janeiro - começou com os argumentos de que este é um “orçamento que contém um plano de austeridade”, com Carlos Carrão a referir que em 2012 todas as contas vão ser escrutinadas por si, com o objectivo de reduzir as despesas correntes. O pagamento da dívida de 6,5 milhões à Parq T, a construção de um novo mercado municipal, a realização do Festival de Estátuas Vivas, a construção do Museu do Brinquedo e de um parque para autocarros de turismo nos terrenos da messe dos oficiais, junto à Várzea Grande, eram rubricas inscritas neste orçamento.Os vereadores do PS, que já tinham anunciado o seu sentido de voto na sexta-feira anterior, votaram contra alegando que “este orçamento reduz nas despesas sociais, nos investimentos nas freguesias e nas parcerias “para pagar por um erro, unilateral, como é o dossier do Parque T”. Já os independentes, contra alguma expectativa de abstenção, votaram contra porque consideram que as suas posições políticas se centrariam noutras prioridades que não as do PSD. “Para além de não apontar estratégias nem medidas para fazer face às crescentes dificuldades socioeconómicas das famílias e das empresas, ainda vai aprofundar a estagnação do nosso concelho”, disseram numa declaração para a acta.Concelhia do PSD apelida oposição de “incoerente”No final da reunião, Carlos Carrão disse a O MIRANTE ter ficado “relativamente surpreendido” com este chumbo e que não pretende voltar a apresentar um novo orçamento uma vez que este é o orçamento que considera correcto. “Vimos aqui que a oposição está unida e há uma convergência de posições e votações da oposição. Penso que se este for o caminho as coisas ficam mais complicadas, em termos de gestão camarária”, disse. Questionado sobre como vai ser a partir daqui, o presidente em exercício disse que não está muito preocupado com o chumbo do orçamento mas o mesmo já não se passa com o chumbo da revisão orçamental. “A oposição está a inviabilizar a inclusão de uma dívida de 6,5 milhões nas contas que a câmara tem obrigação de reflectir”, disse. Na próxima assembleia municipal, a 27 de Dezembro, a revisão orçamental será de novo votada e discutida, acrescentou. Se o documento for novamente chumbado, a autarquia terá de comunicar a situação à Inspecção Geral da Administração Local (IGAL) e ao Tribunal de Contas. “Temos uma deliberação aprovada em reunião de câmara mas que é chumbada na assembleia. Esta questão é muito preocupante”, sustenta. A concelhia do PSD de Tomar também reagiu, através de um comunicado, criticando a atitude da oposição que “varia as suas análises, posicionamentos e votos em função do momento e das necessidades de afirmação e visibilidade”. José Delgado, presidente da concelhia, refere que a oposição ao rejeitar o orçamento de 2012 “negou a sua existência dos últimos dois anos, quando planeou ou apoiou as actividades desenvolvidas que, entretanto, veio agora manifestar com o voto contra”.Mudanças anunciadas nos Serviços MunicipalizadosNa mesma reunião de segunda-feira, 12 de Dezembro, foi discutido outro ponto, as grandes opções do plano e o orçamento dos Serviços Municipalizados de Águas e Saneamento (SMAS), aprovado com o voto de qualidade do presidente em exercício, Carlos Carrão (PSD). Nesta matéria, os Independentes votaram contra e o PS optou pela abstenção, sendo unânime entre todos a necessidade de reestruturação do conselho de administração dos SMAS, passando a ter na sua composição um elemento do executivo camarário, o que não acontece actualmente.
Oposição une-se e chumba orçamento da Câmara de Tomar para 2012

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