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No Natal pode nascer a esperança desde que a façamos nascer

Há quem nunca tenha recebido uma prenda de Natal enquanto foi criança. Há quem não tenha uma única boa recordação de Natal. São excepções mas existem e devem ser mencionadas para que o Natal tenha a sua verdadeira dimensão. Jesus Cristo nasceu numa manjedoura e foi aquecido pelo bafo dos animais. Os seus pais estavam em fuga de um rei demente e cruel. Esta é a história que celebramos e não tem nada a ver com a outra da publicidade que falava do menino que foi com o Pai Natal ao circo. Em cada Natal pode nascer a esperança mas ela não nasce só porque é Natal. Nasce se nós a fizermos nascer nos nossos corações.

Francisco José Brandão Marques, Engenheiro - Sócio Gerente da Clínica Médica de Pernes - Ciência & Experiência, Lda. - PernesUns pós de honestidade para os políticos em geralOnde vai passar o natal?No Entroncamento, em casa da minha filha, genro e neta. Vamos reunir toda a família.O que é a sua noite de natal? A noite de Natal é a data comemorativa da natividade do Menino Jesus. O Natal vai além da própria religião e é simbolizado pelo Pai Natal, São Nicolau ou Santa Claus, um personagem inspirado num bispo grego a quem compete levar presentes aos meninos. Isto depois da reunião de toda a família na celebração da consoada.Tem alguma recordação especial da noite de natal?Sim. Sempre à espera das doze badaladas para ir ao sapatinho ver as prendas que nos calhavam.O Natal é um dia especial sempre ou de vez em quando? É quando um homem quiser, como diz o poema?Todos os dias, são dias de Natal porque cada dia é especial e especial é aquele dia do perdão e da solidariedade para com os outros.Lembra-se de ter recebido uma prenda em criança e qual era a prenda?Sim, lembro-me, recebi um barco com motor e fui experimentá-lo, logo pela manhã, num charco de água que havia na rua.Se tivesse que dar uma prenda a um político dava o quê e a quem?A todos os políticos dava-lhes dois presentes: um envelope com pós de honestidade e outro com solidariedade para com os mais idosos;E a um amigo seu?A um amigo escolhia o espírito natalício em vez do cartão de crédito e oferecia-lhe amizade.Álvaro da Silva Santos - Ribasport - SantarémNunca recebi prendas em criançaO Natal é sinónimo de partilha e de família. Sempre que isso acontece é Natal mas é ainda mais Natal nesta altura em que todos celebram esses valores. A principal recordação que tenho de natais passados é essa reunião da família, até porque em criança nunca recebi prendas. Se tivesse que dar uma prenda a um político, dava uma máquina de calcular ao Vítor Gaspar (Ministro das Finanças). A um amigo, se pudesse, dava-lhe a chave vencedora do euromilhões.Sara Fonseca - Solicitadora - Alpiarça A doce recordação dos natais na companhia dos avósPassa o Natal em casa dos pais com a família. É uma reunião familiar onde reina a harmonia e a partilha a lembrar as noites de Natal passadas na companhia dos avós. Declara-se contra o consumismo desenfreado da época mas não é contra a troca de prendas. Quando era criança a melhor prenda que recebeu foi uma bicicleta vermelha BMX. A sua primeira bicicleta. Na brincadeira diz que se tivesse que dar uma prenda a um político, dava o DVD do Pinóquio ao Presidente da Região Autónoma da Madeira, Alberto João Jardim. A um amigo, talvez porque o tempo é de poupança, oferecia um porquinho mealheiro. Tomé Correia - Proprietário da Ribatintas - SantarémGosto muito de ver as crianças a abrir as prendasA melhor prenda que posso dar aos meus amigos é a minha amizade. Amizade de peito. Aos políticos não dou prendas mas se fosse obrigado dava ao ex-Primeiro Ministro José Sócrates dois cursos, um de boas maneiras e outro de economia para ele aprender a não gastar o que não é dele, de qualquer maneira. Vou passar o Natal em casa, com a família. A minha noite de Natal vale pela confraternização e pela alegria das crianças a abrir as prendas. Em miúdo, as prendas que me calhavam não eram muitas e daí a ansiedade com que eu as aguardava naquela noite. Carlos Antunes - Cabeleireiro - D&C Studio Cabeleireiros - Vila FrancaFiquei sem mãe ainda novo e um Natal sem mãe...Onde vai passar o Natal?Em casa, com a família.Que significado tem a sua noite de Natal?Não dou muita importância à noite de Natal. Sempre trabalhei de noite. Vivo mais o dia de Natal que a noite.Tem alguma recordação especial da noite de Natal?Não. Fiquei sem mãe ainda novo. Deixei de dar muita importância à ocasião. Isolei-me mais. O conceito de família ficou posto de parte. Sem mãe não é a mesma coisa.O Natal é sempre um dia especial ou só o é de vez em quando? É quando um homem quiser, como diz o poema?É sempre especial.Lembra-se de ter recebido uma prenda em criança? E que prenda foi essa?Não. Não me lembro.Se tivesse que dar uma prenda a um político o que daria? E a quem?Daria mais inteligência ao nosso Primeiro-Ministro.E a um amigo seu? O que daria?Amizade.Lígia André - Gerente da empresa “Embate Seguro Ld.ª Glória do RibatejoUm Natal com dois filhos é uma pequena loucuraVou passar o Natal em casa com a família. A minha noite de Natal é simples. Um jantar tradicional , aqueles doces de fazer crescer água na boca e a parte mais esperada da noite pelas crianças, a abertura das prendas. A noite de Natal é sempre especial e com dois filhos é mesmo uma pequena loucura. Quando eu tinha 4 ou 5 anos recebi um piano que queria muito. A minha mãe comprou-o com moedas que foi juntando. Se tivesse que dar uma prenda a um político dava ao nosso Primeiro Ministro o ordenado mínimo para ele sobreviver durante um mês. A uma amiga ...se eu pudesse, dava-lhe uma oportunidade para ser feliz! António Miguel P. Guedes - Administrador Pitorro - Alcanena Uma noite única e diferente de ano para anoOnde vai passar o natal?Em casa, como todos os anos desde do dia em que nasci.Com quem?Com a minha família desde que me lembro...O que é a sua noite de natal?Uma noite única e diferente de ano para ano.Tem alguma recordação especial da noite de natal?Nem por isso...O Natal é um dia especial sempre ou de vez em quando? É quando um homem quiser, como diz o poema?Para mim o natal é apenas um vez por ano, porque é aquele dia muito especial em que toda a família se junta, aqueles familiares que já não se vêem à anos põem a conversa em dia e principalmente não se fala de trabalho, que é o mais importante!Lembra-se de ter recebido uma prenda em criança e qual era a prenda?Sim, o meu primeiro computador.Se tivesse que dar uma prenda a um político dava o quê e a quem?Dava um comboio de brincar ao Eng.º. Sócrates e Submarinos ao Dr. Durão Barroso. E a um amigo seu?Uma bola de Rugby, ao meu grande amigo Tiago Tenreiro.Lídia Guilherme - Casa Lídia - Torres Novas Nem me lembro da dataLídia Guilherme nasceu a 21 de Novembro de 1931. É a proprietária da Casa da Lídia em Torres Novas. Diz não ter boas recordações de qualquer Natal. Nunca. Para ela o Natal é dinheiro gasto à toa em presentes, muitas vezes inúteis. Dinheiro que muitas vezes faz falta para comer ou pagar a casa. Aos oitenta anos tem uma visão muito crítica da humanidade. Diz que falta amizade e sinceridade todo o ano e não apenas no Natal. Por vezes dá por si a pensar em certos comportamentos e lembra-se dos animais que só procuram as pessoas quando precisam de algo. Diz nunca ter recebido uma prenda de Natal, nem mesmo depois de casada. Nem de Natal nem de aniversário. Gostaria de dar ao Primeiro-Ministro um Menino Jesus com a Nossa Senhora, em estanho, que tem na sua loja, pois ele tem feito o mais correcto e tem-se mantido no caminho certo, mostrando que a ex-presidente do PSD, Manuela Ferreira Leite, é que tinha razão quando dizia que Portugal não tinha dinheiro para megalomanias. Para os amigos diz que devemos dar amor, carinho e que devemos ter a capacidade de lhes abrirmos a porta hoje e sempre desde que sintamos que esse seria o tratamento que receberíamos deles.Tiago Ribeiro de Carvalho Ferreira - Perito avaliador - Torres NovasE a mensagem de Cristo?É mais um das muitas pessoas que vive o Natal repartido por duas famílias. A consoada é em Alcanena com a família da esposa. O almoço do dia de Natal é no Pombalinho com a sua família, nomeadamente pais, avó materna, irmãos, sobrinhos, tios e primos. “No Natal aproveito para celebrar a família e a mensagem que Jesus Cristo quis deixar aos homens que tanto parece esquecida nos dias de hoje”, refere. Quando era criança o Natal também era em família. “Organizávamos espectáculos musicais e de teatro para todos. Era uma noite inesquecível porque sempre houve o hábito de juntar os primos todos em casa da minha avó”, conta.Lamenta que o Natal não seja todos os dias para que o Mundo fosse dominado pelos valores da solidariedade, partilha e amor. Lembra-se de um certo Natal ter feito a brincadeira de lhe dar a ele e aos irmãos pedaços de uma nota de cem escudos que tiveram de colar para poderem comprar algo para todos. Preocupado com a situação económica e social das associações e freguesias do seu concelho, Torres Novas, diz que a melhor prenda para o Presidente da Câmara era o livro “Conversas que tive Comigo” de Nelson Mandela. A um amigo ofereceria uma cana de pesca, “Com a crise que estamos a atravessar pode vir a dar jeito!”, brinca.Cláudia Martinho Cláudio - Licenciada em Ciências Farmacêuticas - Farmácia Central AlmeirimUma energia que nos preenche“Nesta época que passamos, tudo se desenvolve à volta do festejo do nascimento de Jesus Cristo. Para mim, o Natal é em família. Trata-se de uma época especial, celebrada em casa, num ambiente de festa, com o presépio e a lareira como pano de fundo. Efectivamente, na nossa família a reunião é feita ao longo do ano inteiro no entanto no Natal é diferente. Nesta data quase todos os povos procuram unir-se e nós sentimos que fazemos parte desse movimento, que produz energia sob a forma de amor. No fundo quase todo o mundo está em sintonia, sente-se uma união dos povos, felicidade a pairar no ar e, o calor do amor de todos, como se de uma fonte de energia e de luz se tratasse. Energia essa, que surge nas nossas vidas e que nos dá força para enfrentarmos as adversidades de mais um ano que se aproxima. É uma altura em que se contam e recontam histórias de família, se relembram episódios engraçados e se voltam a soltar gargalhadas como se da primeira vez as ouvíssemos. Este convívio, como não poderia deixar de ser, ocorre em volta de uma mesa grande e repleta de iguarias deliciosas e características da época. O desembrulhar das prendas é feito na noite de Natal e por norma é um processo longo e animado. As prendas são escolhidas com carinho de forma a agradar a pessoa presenteada, por norma coisas úteis ou necessidades que sabemos haver. Ainda me recordo num Natal em que os meus pais ofereceram um cavalo de baloiço ao meu irmão João. Foi uma loucura, ele ficou feliz, mas acho que eu e a minha irmã Mafalda ainda ficámos mais. De facto, o cavalo foi bastante resistente pois andávamos todos em simultâneo, ainda hoje é uma história que recordamos.“Para finalizar gostaria muito que este sentimento se perpetuasse no tempo e que todos pudessem senti-lo de igual forma. Festas Felizes!”Teresa Rosário - Administrativa da empresa Ribatubos - SantarémEstá-se a perder a magia O Natal está cada vez mais a deixar de ser um dia especial. Perdeu-se muita da magia que tinha a começar pelo facto de as crianças terem deixado de acreditar no Pai Natal. No meu tempo de criança os presentes eram tão poucos que para nós o Natal era efectivamente uma noite cheia de magia. Mas o pior foi termos deixado que as tradições abafassem o verdadeiro sentido do Natal. Damos atenção às prendas, ao bacalhau ao doces mas esquecemos o verdadeiro sentido de Natal. Ligamos a tudo e a todos, menos a Jesus.Vou passar o Natal perto de Santarém em casa dos meus pais com o meu filho, tios e primos. É uma noite passada em família, mais ou menos igual as outras, com a diferença da troca de presentes. Recordo me quando era pequena de por o sapatinho na chaminé e ir me deitar a espera que o Pai Natal passasse para deixar os presentes. No dia seguinte eu e o meu irmão acordávamos muito cedo e íamos a correr desembrulhar as prendas. E por falar em prendas há uma classe que não merece receber nada, que é a classe política. A um amigo que quisesse ver feliz no Natal oferecia um perfume. Maria Luísa Avelino da Costa - Esteticista - Carla&Luísa - Vila FrancaNo Algarve ou na Serra da EstrelaContrariamente ao que é habitual este ano passa o Natal em casa, com a família. Normalmente vai para o Algarve ou para a Serra da Estrela. Diz que a parte religiosa do Natal já teve mais significado para si e que actualmente considera apenas que se trata de uma festa de família e de uma quadra especial pelo espírito mais tolerante e amigo que se sente. Dos natais da infância lembra-se de acordar de madrugada para ir à chaminé ver os presentes. A prenda que mais a marcou foi a sua primeira boneca. “Era de plástico com um vestido azul e rosa. Naquela altura eram mais comuns as bonecas de papelão mas eu recebi uma de plástico”. Se tivesse dinheiro para dar grandes prendas a amigos oferecia-lhes viagens. Depois de pensar num político a quem dar uma prenda diz que dava mais vergonha na cara ao Presidente da República, Cavaco Silva. “Disse que este ano não iria dar prendas aos filhos dos funcionários da Presidência da República. Se desse presentes estimulava a economia. Um livro, por exemplo. Não é assim tão caro e é feito em Portugal!”Etelvina Gaudêncio - TOC Scalconta - AlmeirimO meu urso mealheiroVou passar o Natal em casa, com a família. É uma noite simples, tradicional, com o bacalhau e o peru, filhoses, doces e outros mimos. O que conta mesmo é o poder ter a família junta, as conversas, os sorrisos, as histórias, a alegria que renasce naquela noite. As trocas de pequenas prendas são mimos que fazem parte daquela noite.Tenho boas recordações dos natais da minha infância. As prendas eram roupas confeccionadas pela mãe. As filhoses eram feitas por todos ao serão e bebíamos cevada. A prenda que mais recordo foi um urso de plástico verde que era um mealheiro. Incentivou-me a fazer poupanças. Tive-o muitos anos. Se me perguntam se era capaz de dar uma prenda a um político direi que não. Peço-lhe é respeito e responsabilidade para com os cidadãos. A um amigo dou um sorriso e um abraço.Alda Semedo, Assistente Administrativa, Cartaxo _ Escritório Dr.ª Teresa CarreiraUma noite igual às outras“Vou passar o Natal em casa com a família e amigos. É uma noite que não difere muito de outras noites de convívio porque o Natal pode ser todos os dias. A excepção é a troca de prendas que, para desespero dos mais novos, só se faz à meia noite. Da minha infância recordo principalmente o convívio com os familiares e os fritos que se faziam durante a tarde. De todas as prendas que recebi não recordo nenhuma em especial. Se tivesse que dar uma prenda a um político iria ter dificuldades com o embrulho. Dava-lhe uma boa dose de bom senso e honestidade. E como sou generosa oferecia a mesma prenda a todos os políticos. Quanto aos meus amigos sabem que têm sempre garantida a minha amizade e disponibilidade”.António Manuel Pedroso Leal - Solicitador - Torres NovasNo Natal é tudo especial Onde vai passar o Natal? Em casa, como é habitual, na companhia do maior número possível de familiares. No Natal costumo recordar os que já partiram e lembrar-me dos amigos e dos desfavorecidos. Daqueles que procuram todos os dias um Pai Natal. Devemos olhar o Natal como um tempo de solidariedade e responder a esse apelo. Um tempo assim deveria ser o quotidiano do homem e assim, na afirmação do poeta, saberíamos distinguir os homens bons. Tem alguma recordação especial da noite de Natal?Era um tempo em que eu acreditava no Pai Natal, nas renas...nos presentes na chaminé. Todas as prendas que recebi em cada Natal, independentemente da sua simplicidade, tiveram igual importância para mim. Desde a roupa aos chocolates ou ao carrinho de brincar. Se tivesse que dar uma prenda a um político dava o quê e a quem?A todos os políticos, sem excepção, uma enciclopédia completa sobre a história de Portugal, porque é verdade a afirmação de que temos de conhecer o passado para com ele encontramos o nosso futuro. E porque todos recolhemos na nossa história de Portugal motivos e motivação para sermos um povo mais solidário.E a um amigo seu? Um livro que comecei agora a ler e que acho interessantíssimo e que se chama:Ética para o Novo Milénio - Dalai Lama (Editorial Presença)

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