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Câmaras de Abrantes e Barquinha querem que Governo reveja valor das portagens na A23

Câmaras de Abrantes e Barquinha querem que Governo reveja valor das portagens na A23

Autarcas consideram que valores são superiores aos praticados em outras auto-estradas e falam em desproporcionalidade e falta de equidade.

O executivo da Câmara Municipal de Abrantes aprovou por unanimidade uma moção onde defende que o Governo deve rever “urgentemente” a forma como foram calculados os preços das portagens na A23 (via que liga Torres Novas à Guarda e que passa por Abrantes), pois os valores cobrados são superiores aos praticados noutras auto-estradas do país.Os autarcas alegam que “o princípio da equidade e justiça social se encontra claramente colocado em causa” pois as portagens cobradas na A23 são, em média, superiores. Por exemplo: o percurso entre Lisboa e o nó de Torres Novas da A1, cerca de 100 km, que custa 5,75 euros, enquanto entre o mesmo nó de Torres Novas da A1 e Mação, cerca de 60 km, paga-se 5,70 euros para um percurso bem mais curto.Em Vila Nova da Barquinha, depois das deliberações aprovadas em sede da Assembleia Municipal contrárias à cobrança de portagens na autoestrada A23, a autarquia veio também em comunicado “alertar” para a “desproporcionalidade” e para os montantes extremamente elevados das taxas de portagem. Os responsáveis autárquicos afirmam que quem fizer o trajecto entre a saída da A1 (nó de Torres Novas) até ao nó da Atalaia, que dá acesso ao concelho de Vila Nova da Barquinha e à A13, entre outros destinos, pagará pelos referidos 17 quilómetros a quantia de 2,30 euros, ou seja, 0,14 euros por quilómetro.“Esta taxa é desproporcional, injusta e discriminatória face ao preço praticado em territórios com elevado nível de vida, onde as taxas são inferiores”, defenderam, tendo acrescentado que, enquanto percorrer 17 quilómetros na A23 custará 2,30 euros, quem se deslocar a Lisboa através da A1, com entrada no nó de Torres Novas (percurso de 96 quilómetros), está neste momento sujeito a uma taxa de portagem de 5,65 euros.Segundo a portaria publicada em Diário da República, os preços a cobrar nos pórticos da A23 instalados no Distrito de Santarém, para a classe 1, são os seguintes (os valores para as classes 2, 3 e 4 multiplicam por 1,75, por 2,25 e por 2,5, respectivamente): A1 (Zibreira) - Entroncamento (1,20 euros); Entroncamento - Constância Oeste (1,10 euros); Constância Oeste - Abrantes Oeste (1 euro); Abrantes Oeste - Mouriscas (1,10 euros). Mouriscas - Gavião (1,30 euros). Haverá isenção para as 10 primeiras viagens de cada mês para cidadãos e empresas locais. A isenção “não abrange apenas a passagem por 10 pórticos”, como refere o diploma publicado em Diário da República, mas sim 10 viagens, que podem abranger mais do que um pórtico da auto-estrada. A partir do momento em que uma viatura passa por um pórtico, o sistema informático calcula o tempo máximo que pode demorar até passar pelos seguintes para os englobar na mesma viagem, sendo previstas paragens de meia hora por cada estação de serviço.Já há alguns meses, ainda no tempo do Governo socialista de José Sócrates, a Câmara de Abrantes através de posição conjunta tomada pela Comunidade Municipal do Médio Tejo, se tinha manifestado contra a introdução de portagens no troço entre Torres Novas e Abrantes (antigo IP6), por não ser uma concessão SCUT (auto-estrada sem custos para o utilizador) e não possuir perfil de auto-estrada. A quantidade de nós de acesso nesse troço é muito maior do que numa auto-estrada normal.O percurso de toda a auto-estrada da Beira Interior (A23), da Guarda a Torres Novas (214,5 quilómetros), custa 19,10 euros em portagens para a classe 1. A viagem vai custar nove cêntimos por quilómetro, dois cêntimos a mais do que na auto-estrada entre Lisboa e Porto (A1), onde os 271 quilómetros entre as portagens de Alverca e Grijó custam 19,95 euros.
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