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Requalificação da escola de Vialonga não passou de uma intenção

O Ministério da Educação disponibilizou perto de 100 mil euros para que seja reparado o telhado da Escola Básica dos Segundos e Terceiros Ciclos de Vialonga, no concelho de Vila Franca de Xira, obra que deverá arrancar nas férias escolares do Natal. Cai assim por terra o desejo da escola e dos pais dos alunos de uma intervenção de fundo nas instalações que estão degradadas e metem água sempre que chove.A requalificação completa da escola não passou de uma intenção, lamentam os pais e professores, que alertam para o facto da obra no telhado não ser suficiente para resolver todos os problemas da escola. Apesar de impedir que a água volte a inundar as salas de aula e o refeitório como aconteceu em Outubro e Novembro, o dinheiro não chega para resolver todos os problemas da escola, a começar pelo quadro eléctrico que não aguenta o funcionamento de aquecedores nas salas nem a utilização de todos os computadores em simultâneo. A degradação dos equipamentos e a falta de espaço para todos os alunos são outros dos problemas que os professores e estudantes enfrentam diariamente. Actualmente, recorda a associação de pais, a escola tem quatro casas de banho para 1.200 alunos. A directora do agrupamento de escolas de Vialonga, Armandina Soares, não hesita em dizer que o estabelecimento de ensino “está a cair de podre” e que as obras no telhado não são suficientes. Armandina Soares lamenta que o dinheiro só sirva para resolver “uma parte do problema” e não se cansa de apelar à tutela para que resolva de vez o impasse com a empresa pública Parque Escolar, que anunciou obras na escola em 2009 mas que até hoje viu os seus projectos suspensos por causa de uma auditoria às suas contas pedida pelo Governo.Fonte do Ministério da Educação garante a O MIRANTE que o objectivo é minimizar os impactos das chuvas de Inverno e permitir aos alunos terem as aulas normalmente, até que a situação da Parque Escolar seja resolvida. Os pais já fizeram saber que estão insatisfeitos com a decisão do ministério de Nuno Crato. Numa assembleia de pais realizada na última semana o presidente da associação, José Vieira, mostrou a “firme determinação dos pais em continuar o processo de luta, pois esta verba não resolve o problema de fundo da escola, ou seja, a superlotação a que neste momento se encontra sujeita”, refere.Os pais determinaram escrever uma carta ao ministro Nuno Crato, onde além de desejar “boas festas” alertam para o facto de os filhos “continuarem a ter aulas em péssimas condições” e em alguns dias “dez tempos de aulas, o que como sabe é uma violência”. Na missiva os pais acusam Nuno Crato de ter suspendido as obras da Parque Escolar “de uma forma cega” e lamentam o facto de o ministro nunca ter aceitado o convite para visitar a escola de Vialonga.

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