
Junta aumenta preço de covais para evitar ruptura do cemitério de Samora
Autarquia não tem dinheiro para novo cemitério e quer garantir espaços livres para sepulturas
A ideia de construção de um novo cemitério no Porto Alto, Samora Correia, concelho de Benavente, vai continuar na gaveta no próximo ano devido ao avultado investimento que exigiria.
A Junta de Freguesia de Samora Correia vai aumentar o preço dos covais no cemitério da cidade para desincentivar a compra dos mesmos por parte dos fregueses e assim ter mais terrenos livres para sepulturas. A decisão parte do facto de a autarquia não conseguir arranjar dinheiro para construir o novo cemitério previsto para a localidade do Porto Alto. A junta está ainda a estudar a possibilidade de alargar o actual cemitério da freguesia para evitar rupturas. O aumento do preço dos covais, que actualmente custam cerca de 750 euros, é de 150 euros. “Temos procurado um terreno no Porto Alto para o novo cemitério, mas não conseguimos encontrar. Precisamos no mínimo entre 300 e 400 mil euros. Só com o apoio da câmara é que poderíamos avançar. Neste momento é completamente impensável”, revelou o presidente da junta, Hélio Justino, na última assembleia de freguesia. “Existe muita gente que já tem terrenos e mesmo assim insiste em comprar novos espaços. Temos famílias com quatro campas. Este aumento tem por objectivo desincentivar as pessoas a comprarem mais terrenos e a recorrerem às campas dos seus familiares”, revelou. Hélio Justino aproveitou também para anunciar que a junta instalou um sistema de alarme e videovigilância no cemitério para combater os roubos que aconteceram nos últimos meses. “Tivemos de comprar este equipamento porque não conseguíamos evitar os roubos de jarras e lanternas em bronze que tem vindo a acontecer. O cemitério é um espaço delicado e espero que este equipamento acabe com os roubos”, revelou. O projecto da nova capela mortuária tem-se arrastado no tempo, mas o autarca garante que até ao final do ano terá tudo pronto para abrir o concurso público para a construção. Recorde-se que a obra da responsabilidade da junta de freguesia, contará com um apoio de 250 mil euros da Câmara Municipal de Benavente. A casa mortuária vai ficar próxima do cemitério e a obra não demorará mais de seis meses a ser erguida. A construção da capela esteve desde o início envolvida em polémica. Muitos munícipes não aceitavam que o edifício fosse construído junto do cemitério e queriam manter a tradição dos funerais atravessarem uma parte da cidade. Surgiu também a hipótese de construir a capela no antigo posto da GNR de Samora Correia, mas o executivo da junta da altura acabou por abandonar o projecto já que os custos de uma adaptação seriam superiores aos de uma construção de raiz.

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