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José Branco

49 anos, Funcionário Público, Muge (Salvaterra de Magos)

“Incomoda-me que tenhamos a tendência para dizer mal de tudo, muitas vezes sem fazermos uma leitura correcta das situações”

Tem alguma superstição ou ritual que não dispense?Ocorre-me agora um ritual que pode ser muito normal, mas que não dispenso nunca. Consiste em não sair de casa para trabalhar sem dar um beijo às minhas filhas e minha esposa.Costuma aproveitar os saldos para fazer compras?Não sou imune a aproveitar os saldos e gosto, se tiver oportunidade, de procurar uns dias antes uma peça de roupa que me agrade e depois quem sabe comprá-la a metade de um preço que, no meu juízo perfeito, não daria por ela.O que o incomoda mais no feitio dos portugueses?Incomoda-me a inveja. Uma das piores faces da inveja reside no facto de geralmente apreciarmos a queda de alguém que, por competência própria, atingiu objectivos que gostaríamos muito de olhar como nossos. Incomoda-me que tenhamos a tendência para dizer mal de tudo, muitas vezes sem fazermos uma leitura correcta das situações.Qual é a sua viagem de sonho?Com alguma ironia diria viagens na minha terra. Não sonho com grandes viagens. Sou muito terra a terra, gosto de passar uns dias de férias numa praia em Portugal. As minhas grandes viagens são de casa para o trabalho e do trabalho para casa. Gosto sobretudo de estar com a família e os amigos.Se estivesse isolado numa ilha durante uma semana, o que faria para passar o tempo?Procuraria algo para ler e pensar na vida. Uma ilha pressupõe mar, de certeza que passaria muito tempo a olhar as ondas e o horizonte. Se tivesse uma televisão e pudesse pedir alguma coisa, pediria para passarem jogos de futebol ou andebol do Sporting, que é o meu clube do coração.Costuma cumprir alguma tradição na passagem de ano?Gosto da tradição. Gosto de tudo o que me lembra as noites de passagem de ano com a família reunida à mesa e junto à lareira. Há uns anos as minhas filhas começaram a vir para a rua bater tachos e panelas, agora é uma tradição que não dispensamos. Temos alguns amigos que se juntaram e outros que nos abrem a porta para convivermos um pouco. Qual é o seu maior projecto para 2012?Com a austeridade que temos e a que aí vem, não é um ano para grandes projectos. O que vou procurar é continuar a viver em harmonia familiar e ter cuidado com os gastos. No desporto vou continuar a ajudar os jovens a progredirem na modalidade que treino, o andebol.Como vê o desporto a nível do distrito de Santarém?Penso que há alguns bons projectos desportivos. Ainda há clubes e pessoas que, apesar das dificuldades, trabalham bem. É pena é ver que muitas pessoas andam distraídas e não se apercebem do grande trabalho que os clubes fazem. No dia em que essas pessoas vierem a parar e os clubes entregarem todos os jovens, não sei bem a quem, provavelmente muitos deles vão cair na rua.

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