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O jovem canoísta de Alhandra que sonha representar Portugal no Campeonato da Europa

Diogo Miguel Raposo não pára de recolher títulos nacionais e regionais para o Alhandra Sporting Club

Com 16 anos Diogo Miguel Raposo, natural de Vila Franca de Xira, não pára de somar títulos na canoagem e já esteve no último ano na Polónia a representar Portugal nos Olympic Hopes, uma das provas de velocidade mais importantes para os escalões de formação. O objectivo de Diogo é garantir um lugar no campeonato da Europa que se realiza este ano em Portugal. No sonho está a presença, daqui a alguns anos, nos jogos olímpicos.

Diogo Miguel Raposo, 16 anos, é a nova esperança da canoagem do Alhandra Sporting Club, somando já um palmarés assinalável nos campeonatos nacionais e regionais. Começou a fazer canoagem com sete anos por conselho médico e nunca mais largou a modalidade, estando actualmente a viver no centro de alto rendimento de Montemor-o-Velho onde concilia os estudos com o desporto. O seu grande sonho é um dia integrar a comitiva da selecção nacional nos jogos olímpicos. Para 2012 o objectivo é garantir a presença no campeonato da Europa de canoagem, que este ano se realiza em Junho em Portugal.Diogo Raposo, natural de Vila Franca de Xira, venceu dois títulos nacionais em torneios abertos (200 e 2 mil metros) com apenas 11 anos. Um ano depois, com um colega, venceu o campeonato nacional de velocidade e ficou em segundo lugar nos 500 metros. Desde então Diogo nunca mais largou os pódios, ficando em segundo lugar no nacional de fundo (prova de 5 mil metros) e no ano a seguir em segundo no nacional de esperanças. Um dos seus melhores anos foi 2011, onde arrecadou o título de campeão nacional nos 500 metros de velocidade e onde foi terceiro nos mil metros, 2º na maratona e 2º no nacional de esperanças. Com outro colega ficou em terceiro lugar nos 500 metros. No último ano Diogo também vestiu a camisola da selecção portuguesa nos Olympic Hopes da Polónia, uma das provas mais importantes para os escalões de formação da Europa. Foi sexto classificado entre mais de 20 países.“Como morava em Alhandra sempre gostei de canoagem e optei por essa modalidade. Ao longo dos anos fui sempre crescendo e lembro-me que, quando era miúdo, a canoagem estava no seu auge, havia muita gente a praticar, o que serviu de forte incentivo”, recorda a O MIRANTE.Começou a dar as primeiras braçadas aos sete anos mas só pôde competir a partir dos oito anos. O seu primeiro resultado foi um quarto lugar nos regionais. “Sempre adorei canoagem, sentimos uma liberdade muito grande ao andar dentro de água, é diferente de jogar futebol. Temos muito mais contacto com a natureza do que a correr ou a jogar num campo, temos outra percepção das coisas. Infelizmente o público está um pouco afastado, em Portugal dá-se muito ênfase ao futebol e as restantes modalidades é como se não existissem”, lamenta. Actualmente Diogo passa os seus dias no centro de alto rendimento. Levanta-se perto das 06h00 para treinar, vai para as aulas e por volta das 16h00 regressa para treinar novamente. Às 22h00 todos os atletas têm ordem para estar na cama. “Estou a gostar da experiência, em termos de desporto somos muito mais disciplinados, cumprimos à risca o treino. O que é mais difícil é estar longe da família”, lamenta.Diogo confessa que gostava de seguir Direito porque em Portugal são poucos os que conseguem viver a tempo inteiro da canoagem. “Ou somos mesmo muito bons e estamos num lote restrito de pessoas ou então é muito difícil. Vou apostar forte em 2012 porque vai haver o campeonato da Europa em Portugal e quero fazer parte do leque de convocados para esse campeonato”, revela. Rui Câncio e Fernando Pimenta são alguns dos seus atletas favoritos. O equipamento de Diogo ronda os 1800 euros mas o jovem atleta garante que os interessados em começar a praticar a modalidade conseguem fazê-lo por muito menos. “Por 700 euros já se compra bom equipamento e há sempre barcos em segunda mão por 300 ou 400 euros, depende dos modelos”, revela. O atleta do ASC confessa que ainda não apanhou nenhum susto nas águas do Tejo mas ressalva que ter respeito pelo rio é fundamental. “Nunca devemos ter medo porque com medo não conseguimos dar o nosso melhor. Mas devemos sempre guardar muito respeito pela água”, refere.

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