O estacionamento tarifado à superfície no Cartaxo e no parque subterrâneo do parque central vão ser geridos pela empresa municipal Rumo 2020. A garantia foi dada pelo presidente da câmara, Paulo Varanda (PS), e confirmada por moção apresentada pelo grupo do PS na assembleia municipal e aprovada por maioria, na qual se indica que a votação do referendo local contra a concessão do estacionamento a privados deve ser seguida.Termina assim com fumo branco o aviso lançado pelo presidente da concelhia do PS do Cartaxo, Pedro Ribeiro, no final do plenário de militantes que defendeu que os autarcas eleitos pelo PS na câmara e na assembleia municipal perderiam a confiança política do partido caso não acatassem o resultado do referendo popular. Recorde-se que o não à concessão do estacionamento a privados ganhou com esmagadora maioria.“Foi conseguido o consenso e seguida a proposta de moção aprovada no plenário de militantes, por unanimidade, afastando a gestão do estacionamento por privados. É indiferente ser a Rumo 2020 ou a câmara a gerir o estacionamento”, comentou Pedro Ribeiro, presente na assembleia municipal.Paulo Varanda já tinha explicado no final da reunião do executivo, na manhã de dia 28 de Dezembro, que a aposta na gestão do estacionamento pela Rumo 2020 teve em conta o seu objecto social e que a abertura do parque subterrâneo está apenas dependente da instalação da baixada pela EDP. “Temos informação de que baixada definitiva a colocar pela EDP terá início a 2 de Janeiro e pode vir a abrir ao público em meados desse mês, depois de testadas as infra-estruturas de segurança. Os primeiros meses de estacionamento serão gratuitos como forma de habituar e aproximar as pessoas”, afirmou. Oposição contra gestão pela Rumo 2020Durante a discussão do assunto na assembleia municipal PSD, CDU e PS mostraram-se contra a gestão do estacionamento pela empresa municipal do Cartaxo. Para Vasco Cunha (PSD) a Rumo 2020 presta apenas contas aos seus accionistas, a câmara, que tem 100 por cento do capital, e ao executivo municipal por inerência. “Fora do escrutínio desta assembleia municipal, não nos parece aceitável. O referendo foi convocado pela assembleia municipal e qualquer decisão sobre estacionamento deve ser proposta pelo executivo à assembleia municipal”, defendeu o deputado do PSD.Pedro Mendonça (BE) quer que a câmara aprove formalmente o encerramento do procedimento de diálogo concorrencial e defende que deve ser o município e não a Rumo 2020 a gerir o estacionamento.Os partidos da oposição - PSD, CDU e BE - também apresentaram moções que defendem o respeito pelos órgãos municipais dos resultados do referendo local, que foram todas chumbadas pelos eleitos do PS, que conseguiram com os seus votos aprovar uma própria.