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Carlos Carrão acusa oposição de boicote deliberado à gestão da Câmara de Tomar

Carlos Carrão acusa oposição de boicote deliberado à gestão da Câmara de Tomar

O presidente em exercício apela ao diálogo e lembra que as dificuldades podem mesmo colocar em risco o pagamento de salários aos funcionários e impedem que o município honre os seus compromissos.

O presidente da Câmara Municipal de Tomar, Carlos Carrão (PSD), chamou os jornalistas aos Paços do Concelho, na semana passada, para ler um comunicado onde acusa a oposição (PS e Independentes por Tomar) de colocarem os interesses partidários à frente dos interesses do concelho. A posição pública surgiu um dia após a realização da Assembleia Municipal de Tomar, onde foi chumbada, pela segunda vez, a revisão orçamental de 2011. Para esta tomada de posição também contou o facto da oposição ter votado contra as Grandes Opções do Plano e Orçamento para 2012 em reunião de câmara. O autarca apela ao diálogo entre todas as forças políticas lembrando que as dificuldades que estão a ser colocadas à gestão podem colocar em risco o pagamento de salários aos funcionários e impedem que o município honre os seus compromissos. “Os cidadãos de Tomar exigem dos seus representantes locais que sejam capazes de estar à altura deste desafio geracional e que contribuam para a resolução dos problemas concretos. Se a oposição considera que o caminho é a instabilidade política e a degradação da confiança das gentes de Tomar nos seus representantes, então a oposição que assuma as suas responsabilidades”, pode ler-se.Na última reunião da Assembleia Municipal de Tomar, os partidos da oposição (PS, IpT, CDU e BE), reprovaram, pela segunda vez, a 1ª Revisão Orçamental que, entre outras coisas, visava incluir nas contas do município a dívida à empresa ParqT (6,475 milhões de euros), resultante de uma decisão do Tribunal Arbitral. Durante a mesma, Hugo Cristóvão, líder da bancada do PS, disse que a solução para a actual situação política deveria passar por eleições antecipadas. O comunicado levou a reacções pelos “Independentes por Tomar” e Partido Socialista. O vereador independente Pedro Marques refere que o PSD local está desorientado e que toma uma posição no discurso e outra na prática, fazendo demagogia política ao tentar desempenhar um papel de vítima. Pedro Marques disse à Rádio Hertz que o executivo PSD só chamou os independentes para dar contributos na véspera do Orçamento para 2012 ser votado. Já o Partido Socialista classifica, na página da concelhia socialista, este comunicado como “demagógico” especialmente onde se refere que as dificuldades podem colocar em causa o pagamento de salários aos funcionários da autarquia. “Isto é do populismo mais baixo. Provocar o medo da perda de salários e das pessoas não terem apoios sociais. É a este nível que o presidente está a colocar o diálogo”, critica Anabela Freitas, considerando que o PSD pretende “um branqueamento político do erro que foi a ParqT”. Anabela Freitas refere que se durante a coligação entre PSD e PS na câmara nunca houve diálogo, menos haverá agora. “Fala-se de um novo ciclo político mas pelo que sabemos o dr. Corvêlo de Sousa ainda não se foi embora, apenas suspendeu o mandato por 60 dias. Este comunicado é um vazio de ideias”, criticou a líder socialista. Refira-se que, recentemente, o PSD rompeu o acordo para a gestão da câmara que mantinha com o PS desde o início do mandato tendo retirado todos os pelouros aos vereadores daquele partido. O presidente eleito, Corvêlo de Sousa (PSD), pediu a suspensão do mandato por 60 dias devido a doença, passando a presidência a ser exercida por Carlos Carrão, tendo o vereador que entrou, José Perfeito, sido nomeado vice-presidente. Rosário Simões é o terceiro elemento social-democrata no executivo.
Carlos Carrão acusa oposição de boicote deliberado à gestão da Câmara de Tomar

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