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Ganhão receia não ter dinheiro sequer para o essencial

O concelho de Benavente vai contar para 2012 com um orçamento de cerca de 19,6 milhões de euros. “Éramos considerado um município rico em termos de receitas próprias que provinham da actividade económica e que resultavam principalmente do Imposto Municipal sobre as Transmissões de Imóveis (IMT) e do licenciamento de obras e loteamentos. Como todos sabem, o sector da construção civil caiu grandemente e é com muita prudência e cautela que encaramos o futuro”, diz o presidente da câmara, António José Ganhão (CDU). Entre os investimentos para o próximo ano, o autarca destaca a requalificação das duas escolas EB1 de Benavente e Samora Correia graças às duas candidaturas apresentadas ao Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN). Ganhão destacou ainda o apoio à construção do lar residencial para deficientes do Centro de Recuperação Infantil de Benavente (CRIB) e da construção da creche e jardim infantil de Benavente. A circular urbana de Samora Correia já foi concluída mas vai ser paga ainda ao longo de 2012. Na cultura e no desporto, o presidente quer ir ajudando as colectividades do concelho, mas também pretende poupar ao máximo. Em relação ao mapa do pessoal da autarquia para o ano de 2012, Ganhão assumiu que é impossível reduzir as despesas correntes sem a redução do pessoal. Vão ser extintos os lugares dos trabalhadores que se aposentarem e salvo algumas excepções que possam vir a acontecer, não serão renovados quaisquer contratos com termo. “Vamos ter uma conversa com os trabalhadores e promover a mobilidade interna para que ninguém esteja só ligado a um sector. Infelizmente, não conseguimos encontrar outras alternativas”, apontou o presidente que também vai cortar nos combustíveis. As juntas, as colectividades e as instituições vão ter um corte de 5 por cento. Pela primeira vez vai também existir uma cativação de 10 por cento em cada rubrica orçamental para eventuais situações de emergência que possam surgir. “Se não tivermos um olho permanente na tesouraria podemos cair numa situação muito difícil. Posso mesmo dizer que 2011 foi o ano mais difícil que eu tive na minha vida de autarca e para o ano não espero melhor”, referiu. Se todas as decisões não forem muito bem ponderadas, a autarquia corre mesmo o risco de não ter dinheiro para o essencial, como o apoio aos mais carenciados, os serviços de limpeza urbana ou de iluminação.

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