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Câmara arranjou estrada até à porta de um morador e esqueceu-se dos restantes

Já passaram três anos desde que a Câmara de Vila Franca de Xira arranjou uma parte da estrada dos Casais de Santo António, que liga a Loja Nova às Cachoeiras, mas apenas até à porta de um dos moradores, tendo deixado os restantes 16 residentes com uma estrada esburacada, cheia de lama e onde se registam derrocadas frequentes. A responsabilidade de arranjar a estrada, usada diariamente por centenas de condutores, é da Junta de Freguesia de Vila Franca, mas a câmara entendeu chamar a si a obra tendo em conta “o acentuado estado de degradação” em que se encontrava a estrada “numa zona específica”. A câmara não explica porque motivo apenas foi cimentado o início da estrada e não a sua totalidade mas diz estar disponível para colaborar com a junta “no encontrar de soluções adequadas aos problemas” que ali sejam identificados. “A câmara não tem nenhum registo recente por parte da Junta de Freguesia de Vila Franca no sentido de se fazer alguma intervenção no local”, refere. A estrada, de quase um quilómetro de extensão, está há mais de uma década para ser arranjada e não oferece condições de segurança. Precisa de uma intervenção urgente que evite mais derrocadas que colocam em risco a segurança dos moradores e dos condutores. A cada Inverno que passa os moradores vêem a água das chuvas abrir buracos na estrada e levar consigo pedras que se vão desprendendo das encostas, como chegou a acontecer com Alfredo da Cunha. Passado um ano o problema persiste e a revolta dos moradores também, que acusam a junta de não reparar a estrada e de empurrar para a câmara municipal uma responsabilidade que é sua.A presidente da Junta de Freguesia de Vila Franca de Xira, Ana Câncio, assegurou na última assembleia de freguesia que cuidar da estrada é da sua competência mas não o asfaltamento da mesma, que compete à câmara municipal. “Ainda assim vou fazer uma referência aos serviços para ver o que se passa”, frisou. Um dos moradores, José Nunes, lamenta que os muros não sejam arranjados. “Antigamente ainda vinham reparar os muros e isso dava alguma segurança mas de há uns anos para cá ficámos isolados”, lamenta. Vitalino e Isabel Garcia são outros dois moradores da rua que, sempre que chove, ficam com o coração nas mãos. “É uma miséria, em vez de alcatroarem a estrada de vez limitaram-se a meter saibro durante anos a fio. Em resultado disso a altura da estrada aumentou e agora sempre que chove a água entra-nos dentro de casa”, lamentam.

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