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Independentes por Tomar querem eleições antecipadas na Câmara de Tomar

Independentes por Tomar querem eleições antecipadas na Câmara de Tomar

Apesar da possibilidade de ser a oposição a provocar a queda do executivo, no entender de Pedro Marques, cabe ao PSD abdicar se “não é capaz de resolver os problemas” do concelho.

“Esta agonia tem que acabar”. As palavras são dos “Independentes por Tomar” (IpT) que desafiaram, na passada semana, a maioria PSD na câmara municipal a demitir-se “se não é capaz de resolver os problemas” do concelho. Esta foi a reacção ao que apelidaram de postura de “vitimização” dos sociais-democratas, pretendendo esclarecer a população sobre a posição dos independentes em relação ao estado da actual situação política do concelho. “Todos os cenários são possíveis”, disse Pedro Marques quando questionado sobre a possibilidade da realização de eleições intercalares. O repto foi lançado numa conferência de imprensa na Casa Manuel Guimarães (antiga biblioteca municipal) onde, para além de Pedro Marques e Graça Costa, vereadores no actual elenco camarário, estavam presentes os três presidentes de junta de freguesia eleitos pelo movimento (Junceira, Alviobeira e São João Baptista), os deputados independentes na Assembleia Municipal de Tomar e Alexandre Lopes, presidente da assembleia-geral da associação Independentes por Tomar. A situação a que chegou o concelho é, para os independentes, da exclusiva responsabilidade do presidente da câmara, da vereação PSD e da sua comissão política concelhia. “Não é admissível que sacudam a água do capote, ignorem os factos, apregoem o diálogo que nunca praticaram e que, numa situação de desnorte e desorientação política, tentem responsabilizar a oposição, desviando as atenções da difícil realidade socioeconómica que o concelho atravessa”, referem num comunicado. Pedro Marques disse que os sociais-democratas, que venceram as eleições em 2009 mas não detêm a maioria do executivo (têm três dos sete mandatos), não praticam uma regra elementar em democracia, sobretudo quando se governa em minoria, “a do diálogo com a oposição”. Como exemplo apontou o que se passou com a revisão do orçamento de 2011, chumbado por duas vezes na assembleia municipal por discordância da oposição quanto à forma como foram introduzidos os 6,5 milhões de euros que a autarquia tem de pagar à Parque T, e com o orçamento para 2012, igualmente reprovado na câmara municipal.Para Pedro Marques, a forma como o PSD reagiu a estas votações, com um comunicado de “vitimização” e tentando responsabilizar a oposição, “quase afirmando que podem estar em causa os pagamentos aos funcionários” da autarquia, “não podia ficar sem resposta”. Pedro Marques admitiu que o cenário de eleições antecipadas começa a ganhar forma e, se bem que haja a possibilidade de ser a oposição a provocar a queda do executivo, no seu entender, cabe ao PSD demitir-se se “não é capaz de resolver os problemas” do concelho. Pedro Marques não exclui o Partido Socialista (PS) das críticas à gestão PSD, já que os dois partidos governaram em coligação até ao final de Novembro último, quando os socialistas chumbaram na assembleia municipal a revisão orçamental que haviam deixado passar no executivo municipal. O acentuar da crispação política tomarense surge numa altura em que o presidente eleito em 2009, Fernando Corvêlo de Sousa, pediu a suspensão do mandato por um período de 60 dias, tendo sido substituído pelo vice-presidente, Carlos Carrão, até 22 de Fevereiro.
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