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Orçamento de um milhão chumbado pela oposição na Póvoa de Santa Iria

Orçamento de um milhão chumbado pela oposição na Póvoa de Santa Iria

Prejuízo das festas da freguesia levou Coligação Novo Rumo a reprovar documento
O orçamento da Póvoa de Santa Iria, no concelho de Vila Franca de Xira, foi chumbado pela oposição na última sessão da assembleia de freguesia. Os sete votos do PS não chegaram para viabilizar o orçamento, Plano Plurianual de Investimentos e Plano Plurianual de Actividades para 2012 que foi reprovado com cinco votos contra da Coligação Novo Rumo (faltou um elemento), cinco da CDU e um do Bloco de Esquerda. O prejuízo que dão as festas da Póvoa de Santa Iria foi uma das questões que levou a Coligação Novo Rumo, representada maioritariamente pelo PSD, a inviabilizar os documentos. A Coligação Novo Rumo quer que o executivo trabalhe no sentido do “impacto zero” para 2012. A ideia não é acabar com a festa mas equilibrar as receitas com as despesas nem que para isso a junta de freguesia tenha que angariar mais patrocínios. “Valores que poderiam ser gastos na melhoria da qualidade de vida da freguesia estão a ser utilizados para financiar as festas”, analisa a Coligação.O presidente do núcleo do PSD da Póvoa de Santa Iria, Paulo Barroca, eleito na assembleia de freguesia, lamenta por outro lado que o executivo se tenha limitado a apresentar um conjunto de cinco folhas do orçamento sem se preocupar em justificar as prioridades para 2012, à semelhança do que fazem outras autarquias. A forma como são distribuídos os apoios ao movimento associativo também gerou polémica. A Coligação considera que determinadas associações por terem mais capacidade financeira não deveriam ser excluídas à partida. É o caso dos Bombeiros, Cercipóvoa, Aripsi e Apac. O presidente da Junta de Freguesia da Póvoa de Santa Iria, Jorge Ribeiro (PS), considera que não faz sentido que a junta se disponibilize a dar apoios a associações que têm um orçamento superior ao da autarquia.A oposição contesta ainda o atraso na entrega de alguns documentos. Jorge Ribeiro, sublinha, apresentou tudo o que a lei obriga a tempo e horas com excepção de alguns documentos facultativos e diz que o orçamento foi construído com base na iniciativa Bairro a Bairro, orçamento participativo e no próprio programa eleitoral. “Recusar este orçamento é recusar as opções da população”, considerou. Para a CDU a proposta de orçamento prova que os “povoenses não são bem servidos pela sua autarquia, local e municipal”, e muito menos pelos sucessivos governos nacionais. “Somente 8,5 por cento do total da despesa vai ser utilizado para investimento directo na freguesia. É a Junta de Freguesia da Póvoa um órgão autárquico intervencionista na melhoria das condições de vida dos seus concidadãos ou mera repartição pública para tratamento de questões burocráticas?”, interrogaram-se os eleitos da CDU.O orçamento da junta para 2012 é de um milhão e 94 mil euros. Em 2011 foi de um milhão e 200 mil. A diminuição advém da redução das transferências da câmara e do orçamento de Estado. O presidente da Junta de Freguesia da Póvoa de Santa Iria defende que dada a dimensão da freguesia a Póvoa deveria receber três vezes mais.Tendo em conta que o dinheiro é parco a Póvoa de Santa Iria vai investir ao longo do ano em abrigos de passageiros e requalificação de espaços de lazer. A maior fatia do orçamento - 69 por cento - é canalizada para as despesas com pessoal. A autarquia tem 50 funcionários entre administrativos, jardineiros e cantoneiros. A junta quer construir novos balneários e vestiários para os trabalhadores aproveitando as antigas instalações da Aripsi. Jorge Ribeiro lembra que vão manter-se as iniciativas da junta na área cultural, desportiva e também a oferta de apoio psicológico, serviço que a autarquia presta na freguesia que conta já com 30 mil habitantes. “Estes serão os objectivos para 2012. Não vale a pena pensar em obras megalómanas. Este é um orçamento realista que não é inflacionado”, salienta.
Orçamento de um milhão chumbado pela oposição na Póvoa de Santa Iria

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