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Ana Moura inicia digressão aos Estados Unidos e Canadá com novo trio de músicos

Ana Moura inicia digressão aos Estados Unidos e Canadá com novo trio de músicos

Fadista ribatejana acredita que o reconhecimento do Fado como património da humanidade deverá atrair ainda mais público aos concertos.

A fadista Ana Moura iniciou sábado uma digressão por oito palcos norte-americanos, com um novo trio de instrumentistas, passando, entre outras, pelas cidades de Nova Iorque, Chicago, Los Angeles e Quebeque. A fadista de Coruche regressa aos Estados Unidos, onde já actuara em 2010, acompanhada por um novo trio de instrumentistas que, segundo disse à Lusa, trouxe “uma nova roupagem” aos seus fados. O trio é composto por Ângelo Freire, na guitarra portuguesa, “considerado um dos melhores guitarristas” actuais, Pedro Soares, na viola, “também com um trabalho fantástico”, e Iuri Daniel, um “baixo que tem estado a tocar com [o músico de jazz] Jan Garbarek”, contou a fadista.Ana Moura afirmou que “esta digressão vai ser um pouco diferente” pelos “parceiros novos” e referiu que os concertos vão “basear-se essencialmente nos temas que mais marcaram” a sua carreira. Em 2010 Ana Moura apresentou nos palcos norte-americanos um conjunto de concertos com um alinhamento essencialmente baseado no seu último álbum, “Leva-me aos Fados”.A digressão começou sábado no Zeiterion Theatre em New Bedford, Massachusetts, e termina no dia 18 de Fevereiro no Zellerbach Auditorium, em Berkley, passando pelo Canadá, onde actuou no dia 8 de Fevereiro no Palais Montcalm, na cidade do Quebeque.Na sua última passagem pelos Estados Unidos, em 2010, Ana Moura, distinguida já com um Prémio Amália para Melhor Intérprete, foi destaque num artigo do New York Times dedicado ao fado, que a apontou como a “mais evidenciada praticante” fora de Portugal, entre as fadistas da sua geração. Para a fadista ribatejana, nos Estados Unidos o interesse pela “música e também pela cultura” portuguesas tem vindo a crescer, sobretudo nos últimos três anos. “Ia a salas muito mais pequenas nos Estados Unidos, hoje já são salas maiores. O público tem crescido, demonstra a curiosidade que os americanos têm”, disse. Nos últimos concertos “senti que as pessoas conheciam as minhas músicas e já sabiam ao que iam”, acrescentou.O reconhecimento do Fado como património da humanidade, pela UNESCO, a organização das Nações Unidas para a Educação Ciência e Cultura, deverá atrair ainda mais público aos concertos, além de ter tido um “enorme impacto” em Portugal.“Ajudou muito a que os portugueses se juntassem e sentissem orgulhosos neste momento de crise no país. Por todo o mundo fala-se em coisas menos boas - défice, dívida pública - mas Portugal não é só isso, a nossa cultura é muito enriquecedora”, adiantou Ana Moura.
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