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Presidente da AIP desafia dirigentes associativos empresariais a não terem medo da opinião pública

No dia dos 175 anos da Associação José Eduardo Carvalho defendeu mais alterações às lei laborais
Na noite em que a Associação de Indústria Portuguesa (AIP-CCI) comemorou 175 anos, o seu presidente reconheceu que a fragmentação do associativismo empresarial resulta em grande parte da ineficácia das associações em “acrescentar valor aos associados”, defendeu, Para José Eduardo Carvalho “o reforço da legitimidade e da liderança associativa não advém do relacionamento estreito com o poder mas da capacidade para formatar políticas que contribuem para o desenvolvimento do país”. Nesse sentido desafiou os dirigentes a serem corajosos. “(...) há que desfazer o equívoco da legitimidade dos dirigentes associativos. Não podemos continuar a mitigar o alcance das propostas e medidas mais adequadas aos interesses das empresas e do tecido empresarial com receio da opinião pública. Quem nos elege são as empresas e não a população”, disse.José Eduardo Carvalho foi o primeiro orador de uma noite em que se juntaram na AIP, Durão Barroso, Passos Coelho, Miguel Relvas, Alvaro Santos Pereira e Miguel Macedo, para além de vários secretários de Estado e quase todos os dirigentes representativos das principais associações portuguesas.O presidente da AIP-CCI traçou as linhas gerais do trabalho a desenvolver pela sua associação, destacando a dinamização no tecido empresarial de fusões e aquisições, a criação de fundos de capital de risco e a participação na sua gestão, a apresentação ao ME de propostas de criação de novos instrumentos de financiamento para as empresas, a constituição de consórcios ou ACE’s de empresas exportadoras, e projectos de cooperação com grupos empresariais portugueses fortemente internacionalizados, que facilitem o acesso a mercados externos fora da Europa, a criação de estruturas de suporte e apoio em Angola e Moçambique e o lançamento de “um vasto programa de formação para empresários de Pequenas e Médias empresas na área de gestão e inovação”.Referindo-se ao acordo alcançado no âmbito da Concertação Social, José Eduardo Carvalho questionou a necessidade de se ter que ir mais longe a nível de alterações às lei laborais. “Admito que não seja fácil reconhecer a imperatividade da mudança mas a legislação laboral tinha que ser alterada e adequada à evolução económica e social verificada. Não sei, todavia, se a situação do país não exigirá ainda alterações constitucionais em matérias relacionadas com o mercado laboral”.E aquela não foi a única referência à necessidade de alteração da legislação laboral. A recente proposta do presidente da Assembleia Geral da AIP, Ferraz da Costa, de criação de um denominado Acordo para o Euro. “Acordo que consagrasse por um largo período, as principais políticas económicas e financeiras do país, baseado em orçamentos públicos equilibrados, tributação fiscal dissuasora do consumo e incentivadora da poupança e investimento, e uma legislação laboral competitiva com os países com os quais concorremos na atracção de investimento produtivo”, lembrou José Eduardo Carvalho a fechar o seu discurso, numa noite em que foram entregues medalhas de ouro a diversas personalidades.

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