As novas lojas de compra de ouro são o paraíso legal da marginalidade. O Estado não poderia ter feito melhor para ajudar os marginais a desfazerem-se facilmente da mercadoria roubada e com boa cotação! E não se pense que são os marginais a vender o ouro roubado em tais paraísos; tudo é feito por pobres pessoas insuspeitas que vendem pequenas porções dos roubos a troco duns cêntimos. E com a Justiça desactualizada, as polícias sem autoridade suficiente e desmotivadas e sem sistemas de informações adequados e interligados, o pessoal sem autorização para usar uma simples fisga como arma de defesa e tantas mais facilidades Portugal tornou-se num paraíso para as marginalidades, a nacional e a importada.Manuel Peñascoso