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Garantir a segurança de pessoas e bens no lado civil da vida

Garantir a segurança de pessoas e bens no lado civil da vida

Cláudio Pereira é sócio-gerente da empresa Prolarme, de Almeirim

Há quatro anos assumiu por inteiro um negócio que era repartido por três sócios e não está arrependido da decisão tomada.

Podia ter sido agente da PSP mas à entrada do comando distrital, com os papéis preenchidos, resolveu rasgar tudo em detrimento da música. Aconteceu quando tinha 26 anos, no último dia do prazo de entrega de candidaturas em Santarém, quando disse a si mesmo que se fosse para agente da PSP teria menos hipóteses de continuar a tocar, como faz desde os 12 anos, com o teclado às costas, em festas, casamentos e concertos por todo o país. Pode dizer-se que se perdeu um agente da autoridade, algo com que Cláudio Pereira sempre sonhou ser em jovem, mas também um músico profissional.Aos 36 anos, Cláudio Pereira é sócio-gerente da Prolarme, com sede em Almeirim, empresa que comercializa, instala e presta assistência técnica em sistemas de alarme anti-roubo e anti-incêndio, sistemas de videovigilância, automatismos, projectos de instalação de electricidade, circuitos internos e outros sistemas. Há quatro anos assumiu por inteiro um negócio que era repartido por três e não está arrependido de estar ligado ao mundo dos alarmes, depois de ter começado a vida profissional em trabalho administrativo e de contabilidade em escritórios. “Estive seis anos em escritórios e cansei-me de papéis e de estar fechado. Quis sair, ir para a rua e encontrar um trabalho mais prático e onde pudesse estar a ir de um lado para outro”, recorda. Tinha jeito para a informática mas não seguiu esse caminho. Com formação musical desde novo - aprendeu com o maestro Santos Rosa e frequentou o Conservatório de Música de Santarém - e a tocar teclas apareceram os projectos musicais. Fez parte dos duos “Som da Frente”, “RCN” e Duo SA”. Correu o país e algumas partes do mundo à custa da música e ainda hoje, mas com menos frequência, acompanha o conjunto “Max Girls” pelo país. Faz ainda parte do projecto de Patrícia Cruz, onde toca acordeão.Ainda trabalhou como técnico de som, luzes e música numa empresa mas os alarmes soaram definitivamente há quatro anos. A Prolarme está registada em Almeirim desde 1986. “Adaptei-me bem a este mundo dos alarmes”, admite.O novo espaço da empresa, adquirido há um ano no número 26 da rua de Angola, em Almeirim, é ponto onde raramente faz negócios. A maior parte chega via telefone. Cláudio Pereira levanta-se pelas 06h15 e às 07h00 já está em deslocação por um círculo de 100 quilómetros em redor de Santarém, onde encontra o primeiro cliente perto das oito da manhã. O telemóvel toca e, por si, passam todos os aspectos ligados à empresa: contratos, orçamentos, obras e projectos por cumprir. Quase sempre em deslocação, é raro não fazer cerca de 800 quilómetros semanais na estrada.Em cerca de 70 por cento dos casos os contactos de interessados surgem depois de ter acontecido um furto ou assalto a habitações ou instalações. “As pessoas costumam mais remediar que prevenir. A minha missão é disponibilizar uma série de sistemas de alarme anti-roubo que sejam eficazes e informem o proprietário do que se passa na sua casa ou empresa. Podemos avisar as pessoas, via telemóvel em seis segundos, com mensagem de voz ou SMS, sobre o que se passa numa casa e identificar o local. É possível colocar vídeo nessa função. A evolução no sector é enorme e é preciso estar actualizado”, refere.Conta com a ajuda de três colaboradores. Consigo na viatura anda sempre a mala de acessórios para montagem e desmontagem de sistemas, desde a aparafusadora ao computador portátil e aparelhos, sejam monitores, câmaras de vigilância e outros necessários ao trabalho a executar.Actualmente Cláudio Pereira está com a sua equipa a trabalhar num projecto de grande dimensão que demora cerca de duas semanas a cumprir. Está a montar sistemas de alarme de uma fábrica de munições e cartuchos. Na região, Cláudio Pereira já teve oportunidade de assistir a uma cena curiosa enquanto a sua equipa montava um sistema de alarme. “Roubaram dois porcos de uma cerca, o que nós detectámos a uns 200 metros. Segui a viatura e denunciei-a à polícia que, mais tarde, identificou o produto do roubo: um porco já morto e outro vivo”, recorda agora com um sorriso.Quando os alarmes não soam e o telefone descansa, Cláudio Pereira aproveita também ele para descansar. Procura estar à noite e aos domingos disponível para a família. Descontrai no sofá a ver um bom filme, de preferência uma comédia. Anda de bicicleta de vez em quando e faz uns apontamentos no teclado. Uma ou duas semanas por ano ficam reservadas para levar mulher e o casal de filhos para as águas tépidas do Algarve.
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