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Autarcas do PS não subscrevem abaixo-assinado da CGTP contra fecho da Tegael

Os eleitos do PS na Câmara de Coruche recusaram-se a subscrever o abaixo-assinado promovido pela União de Sindicatos de Santarém (USS) junto dos trabalhadores da Tegael, contra a decisão da empresa de encerrar a sua actividade, pelo facto de o documento prever, à partida, a exclusão da UGT e do seu secretário-geral João Proença.A proposta de abaixo-assinado, decidida pelos trabalhadores da Tegael em plenário, com participação de dirigentes sindicais, deputados, autarcas e cidadãos residentes no concelho de Coruche, foi levada pelo funcionário da empresa e coordenador distrital da USS (afecta à CGTP) à reunião do executivo municipal de 15 de Fevereiro. Rui Aldeano apelou à unidade de todas as entidades em torno da luta dos trabalhadores da Tegael - o maior empregador privado do concelho - e solicitou que os membros do executivo assinassem o documento. “O deputado António Filipe já assinou, o primeiro subscritor é Arménio Carlos, líder da CGTP, e já estabelecemos contactos com deputados do PS eleitos por Santarém. Como é óbvio não vai ser pedida a assinatura à UGT e a João Proença, que há duas semanas assinou um acordo que facilita o despedimento de trabalhadores”, explicou Rui Aldeano.A exclusão da UGT e de João Proença do documento motivaram desde logo a discordância do presidente da câmara, Dionísio Mendes (PS), e dos restantes eleitos socialistas. “É altura de unir em vez de dividir, independentemente do que esses protagonistas fizeram há tempos. O que importa é o que estão dispostos a fazer pela Tegael e pelos seus trabalhadores agora. Este deve ser um documento aberto a todos, incluindo todos os deputados do círculo de Santarém, mesmos os dos partidos do Governo”, justificou o edil. Por parte da CDU, Rodrigo Catarino mostrou-se disponível para rubricar o abaixo-assinado, considerando ser “normal” que não se associe o nome da UGT ao documento. Os vereadores da coligação acabaram por o fazer durante um intervalo da reunião de câmara, já que a maioria PS saiu quando o coordenador da USS solicitou que o assinassem na mesa.Rui Aldeano ainda argumentou que não existem sindicalizados da UGT na Tegael pelo que não faria qualquer lógica incluir o sindicato de João Proença, com Dionísio Mendes a contestar que existem poucos sindicalizados e que são os próprios a tratar das suas quotizações. Dirigido à administração das empresas Tegael, Telcabo e FyronGroup, o abaixo-assinado subscrito pelos trabalhadores da Tegael, dirigentes sindicais, deputados, autarcas e cidadãos residentes no concelho de Coruche apela à administração da Tegael e da Telcabo, seu accionista maioritário, que realizem todos os esforços no sentido da recuperação da empresa, dado que esta possui todas as condições para manter a actividade, os postos de trabalho e respeito os direitos dos cerca de 280 trabalhadores.

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