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Maioria PS chumba auditoria externa às contas da Câmara do Cartaxo

Proposta do PSD para conhecer dívida global foi chumbada pelos socialistas em reunião de câmara com a justificação de que a IGAL vai realizar uma inspecção ordinária em 2012.

A Câmara do Cartaxo vai ser alvo de uma inspecção ordinária por parte da Inspecção-Geral da Administração Local (IGAL) durante o corrente ano, informou o presidente da autarquia, Paulo Varanda (PS), durante a reunião do executivo de 14 de Fevereiro.O edil do Cartaxo revelou esse dado depois de Pedro Reis (PSD) ter apresentado uma proposta de aditamento à ordem de trabalhos para discussão e votação de uma proposta de contratação de auditoria externa às contas do município, o que a maioria socialista no executivo chumbou.Para o PSD, a Câmara do Cartaxo encontra-se numa situação em que já não consegue cumprir com as suas despesas correntes, provocada por dívidas a terceiros. Os sociais-democratas justificam que só a realização de uma auditoria externa por entidades aptas para esse fim pode trazer luz e transparência sobre as contas camarárias e o valor real da dívida. Pedro Reis lembrou os casos que têm vindo a público na comunicação social, como as dívidas à Resiurb (980 mil euros), à Rodoviária do Tejo (mais de 600 mil euros) e o reconhecimento de uma dívida antiga à empresa Acoril (590 mil euros), entretanto falida. A somar a esses encargos, a revelação recente de que o Município do Cartaxo tem das maiorias dívidas de curto prazo, na ordem dos 18 milhões de euros, para uma autarquia de média dimensão. “A tudo isto reiteramos o que há muito é público como sejam as dívidas aos fornecedores da autarquia, bem como os sucessivos incumprimentos nos protocolos para associações e colectividades do concelho (desde 2008). A Câmara do Cartaxo está falida e a única certeza que o PSD Cartaxo tem é que as suas receitas não chegam sequer para custear os compromissos correntes”, afirmou Pedro Reis. Mário Júlio Reis (CDU é de opinião que uma auditoria externa tem condições para ser realizada “a bem do município”.O presidente da câmara, Paulo Varanda (PS) referiu que a realização de uma auditoria externa “seria mais um custo que um benefício face às circunstâncias que se estão a viver”, lembrando que a IGAL irá fazer aquele papel. Foi apoiado pelo vereador Fernando Martins (PS) que lembrou que a carga de informação a que os autarcas e técnicos iriam estar sujeitos para com os auditores, num contexto complicado, seria negativa para o município, para além de algumas dezenas de milhares de euros que se teriam de pagar à empresa.

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