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Medidas de austeridade na Câmara de Tomar para diminuir despesas de gestão corrente

Medidas de austeridade na Câmara de Tomar para diminuir despesas de gestão corrente

“No final do ano vamos ter uma redução de despesas entre 700 a 800 mil euros”, sustenta Carlos Carrão, presidente em exercício da autarquia.

Garantir a sua própria sustentabilidade financeira “através de uma gestão eficiente e racional dos meios e recursos financeiros” é o objectivo do plano de austeridade que o município de Tomar instaurou para 2012 e que engloba um conjunto de 52 medidas, 28 das quais com incidência interna e 24 com incidência externa. O anúncio foi feito pelo presidente em exercício da Câmara de Tomar, Carlos Carrão (PSD), e leva em conta o contexto actual de austeridade económica e financeira no país e no mundo. “No final do ano vamos ter uma redução de despesas entre 700 a 800 mil euros”, sustenta Carlos Carrão defendendo que a autarquia terá, a par destas medidas, duas grandes prioridades: a captação de investimento público e privado a fim de criar riqueza e emprego e o reforço de apoio às famílias de forma a minorar as suas dificuldades e combater a exclusão social. “É um documento de gestão, que foi feito com a colaboração dos funcionários e que deve trespassar para a opinião pública”, disse aos restantes elementos do executivo. Entre as medidas de austeridade com impacto interno, salienta-se que, a partir de agora, todas as propostas de aquisição de bens e serviços superiores a 250 euros devem passar a ser acompanhados de, pelo menos, dois orçamentos, criando-se um serviço de aprovisionamento para centralizar todas as aquisições. Vão ainda ser definidos procedimentos que garantam que a utilização da frota automóvel é exclusiva para uso profissional, com uma análise rigorosa dos encargos com a manutenção ou reparação da mesma, de forma a avaliar e decidir sobre a sua justificação. A autarquia pretende ainda reduzir despesas com o envio de cartas por correio, criando uma base de dados com todos os contactos do protocolo, passando os convites a serem enviados por e-mail. O correio registado só será enviado quando houver essa obrigatoriedade legal. “Utilizar o e-mail em detrimento dos telefones e telemóveis” ou “utilizar o sms quando se trate de uma simples comunicação ao munícipe” são outras medidas incluídas. A Câmara de Tomar vai ainda cancelar a assinatura de jornais, revistas ou outras publicações de origem não técnica e acabar com a aquisição de água engarrafada, não renovando os contratos de aquisição de dispositivos de distribuição de água.PS sugere extinção do boletim municipalEm relação a medidas com impacto externo, a autarquia vai reduzir os encargos com o subsídio de turno, trabalho nocturno, abono para falhas e ajudas de custo, suspendendo todas as prestações externas de serviços de limpeza em edifícios municipais. Vai haver uma redução das despesas com as comunicações móveis, através da renegociação de contratos e de um controlo efectivo, diminuindo-se ainda as despesas com publicidade e as verbas a integrar o programa de apoio ao associativismo. Os vereadores do Partido Socialista (PS) referiram que o documento não deveria ter vindo para conhecimento mas sim em forma de proposta para que pudesse ser discutido. Já na última reunião de câmara, a 16 de Fevereiro, os socialistas sugeriram que se a autarquia está a pensar em poupar que suspenda imediatamente a publicação do Boletim Informativo Municipal, “cujo luxo tipográfico e excesso de tiragem contrastam com a escassez informativa” passando o mesmo a ser distribuído electronicamente.
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