A Assembleia Municipal do Entroncamento decidiu, por unanimidade, recomendar à câmara municipal que tome posição contra o que considera serem os preços “injustos e penalizadores para os cidadãos”, praticados pela CP. A deliberação surge na sequência de mais um aumento de bilhetes e assinaturas mensais que entrou em vigor no início de Fevereiro. “Nos últimos anos as assinaturas de comboio têm vindo a ser alvo de aumentos sucessivos que em muito ultrapassam a inflação ou os rendimentos dos utentes. No passado dia 1 de Fevereiro os preços voltaram a aumentar, em média 4%, quando em Agosto do ano passado já haviam sofrido um aumento de 15%. Uma assinatura de comboio entre o Entroncamento e Lisboa já custa actualmente 209,05 euros, quando em Julho do ano passado custava 174,90 euros. O aumento é de cerca de 109% nos últimos nove anos, mais de 12% ao ano”, pode ler-se no texto, da autoria da bancada do BE.Manifestando-se solidária com os cidadãos e considerando que não pode assistir em silêncio à situação, a assembleia municipal considera que “a política utilizada pela CP é profundamente injusta e absurda, sendo extremamente penalizadora para os cidadãos e em nada contribuindo para o incentivo à utilização dos transportes colectivos”.O texto completo, aprovado na reunião de segunda-feira à noite, 27 de Fevereiro, irá ser enviado à comunicação social, aos Grupos Parlamentares da Assembleia da República, ao Ministério dos Transportes, a todas as autarquias da CIMT (Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo) e à Administração da CP. Em reunião do executivo municipal, o vereador Carlos Matias do BE já se tinha manifestado, nos mesmos termos, contra os últimos aumentos dos preços das viagens de comboio.