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Fernando Costa

Fernando Costa

45 Anos, desempregado, Azambuja

Já tentei entrar para os forcados da Azambuja há muitos anos. Cheguei a ir aos treinos do grupo, na altura, na quinta do cavaleiro Manuel Jorge Oliveira, no Cartaxo. Dei ajudas mas quando me mandaram pegar a vaca já não tive coração, vieram-me as lágrimas aos olhos.

O que é preciso fazer para haver emprego para todos?Mais estímulo e preparação por parte dos empresários. E liberdade para os trabalhadores poderem mostrar o seu valor. Falta muita motivação por parte dos empresários e falta a colaboração do Estado nessa matéria. A crise acentua-se também por não podermos ser muito criativos. Os patrões querem que se faça aquilo que eles mandam e pouco mais. Se queremos inovar e fazer algo diferente que ajude a empresa a facturar mais estamos limitados porque ainda há uma mentalidade retrógrada de que o patrão é que manda, esteja certo ou errado.Com a entrada em vigor do estacionamento pago em Azambuja vai passar a andar a pé?Se tiver que ser... Felizmente ainda tenho boa capacidade motora. Acho bem que se criem dísticos para os moradores poderem estacionar sem pagar e sem limite de tempo. De resto em certos locais acho bem que se coloque estacionamento pago por uma questão de controlo. Há locais que são muito complicados e onde se vive um descalabro, por exemplo em frente a farmácias, bancos ou serviços públicos.É homem para pegar um toiro?Sou um aficionado. Já tentei entrar para os forcados da Azambuja há muitos anos. Cheguei a ir aos treinos do grupo, na altura, na quinta do cavaleiro Manuel Jorge Oliveira, no Cartaxo. Dei ajudas mas quando me mandaram pegar a vaca já não tive coração, vieram-me as lágrimas aos olhos. Ficou satisfeito com a intenção da presidente de Vila Franca de candidatar os festejos taurinos a património imaterial?Sim, acho muito bem, especialmente os festejos mais antigos, como Alcochete, Vila Franca, Azambuja, Samora Correia, Santarém e Chamusca. Acho que é muito importante. Não tenho medo dos defensores dos animais e conseguia enfrentá-los. Infelizmente eles dizem cá para fora coisas que não têm nada a ver com a realidade. Quando dizem que o toiro sofre não é verdade. O toiro foi criado geneticamente para isto. Se a tauromaquia acabasse os interesses económicos também acabavam. Ficavam milhares de pessoas desempregadas, porque há muita gente que vive do campo e do toiro bravo. Seria muito mau.Como vê o estado em que se encontra o Palácio das Obras Novas?Com imensa tristeza. O palácio está instalado num sítio fantástico. O pelouro da cultura da câmara municipal tem feito imenso, mas uma vez que o palácio é um ex-libris da Azambuja devia ter sido tratado de outra forma. Já o deviam ter renovado. Se aquilo tivesse sido reparado havia muita gente que iria usufruir daquele espaço. Muita gente não vai lá hoje porque aquilo está num estado deplorável.Prefere ficar em casa a ler ou no café a discutir futebol?Em casa a ler uma revista ou um livro. E a ver televisão e a conversar também. Não sou muito adepto de andar nos cafés. O meu café é de manhã, seguido de um cigarro. Já devia ter deixado de fumar. Se voltarem aumentar o preço do tabaco, talvez tenha alguma motivação extra para deixar o vício (risos).
Fernando Costa

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