Presidente da Câmara de Ourém acusa “terroristas de serviço” de quererem denegrir a sua imagem
Em causa está contratação de funcionário que também é treinador de futsal de uma colectividade
O presidente da Câmara Municipal de Ourém está a ser alvo de ataques pessoais através de blogues e cartas anónimas. A denúncia foi feita por Paulo Fonseca (PS) durante a última sessão da assembleia municipal realizada na semana passada. O autarca afirmou ainda que os autores, que classifica como “terroristas de serviço”, vão “intensificar acções sem qualquer limite”. O blog que Paulo Fonseca refere critica a actuação do executivo municipal e levanta suspeitas que foram comentadas e deram polémica na sessão da assembleia municipal. O blog “Olhos Bem Abertos” inaugura a sua actividade na internet, no início de Fevereiro deste ano, acusando a autarquia de pagar “cerca de 1200 euros por mês” ao treinador da equipa de futsal do Grupo Desportivo da Freixianda, afirmando ser um “mega salário”.Paulo Fonseca desmentiu as acusações e entregou à presidente da assembleia, Deolinda Simões (PSD), uma cópia do contrato de trabalho de Pedro Henriques como funcionário da autarquia. O autarca explicou que Pedro Henriques é um dos dois funcionários do Pavilhão Desportivo da Freixianda e que aufere o salário mínimo, 485 euros. “Se o funcionário, nos tempos livres, é treinador de futsal, por vontade própria, não o podemos impedir. Cada um faz o que quer”, esclareceu, exaltado com as críticas de que tem sido alvo no último mês. “Existem pessoas cuja ocupação é denegrir os outros. Peço-vos que não percam tempo com ordinarices”, acrescentou.O presidente da Junta de Freguesia de Ribeira do Fárrio, Pedro Janeiro (independente), colocou mais lenha na fogueira ao apresentar uma cópia de um documento com o nome de todos os funcionários do Pavilhão Desportivo da Freixianda - que é afixado no local de trabalho - onde não consta o nome de Pedro Henriques como funcionário da empresa.Perante esta informação, o presidente do município garantiu que vai levantar um inquérito para “esclarecer e corrigir” a situação, “se for caso disso”. Paulo Fonseca voltou a insistir que o móbil destes “ataques” é denegrir a sua imagem.
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