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Deixou um emprego estável para arriscar uma carreira no sector automóvel

Deixou um emprego estável para arriscar uma carreira no sector automóvel

Bruno Claudino é um apaixonado por carros de competição e está apostado em construir o seu próprio negócio

Os anos em que trabalhou para algumas empresas do ramo automóvel deram-lhe conhecimentos e carteira de clientes que quer agora aproveitar para o projecto que vai arrancar em breve.

Em 2006 Bruno Claudino tinha um emprego estável numa empresa de pré-fabricados de betão, na zona de Ourém, onde trabalhava como responsável de laboratório há mais de sete anos, quando decidiu mudar de emprego. Foi trabalhar para uma empresa de venda de automóveis. Não se arrepende da decisão tomada porque faz aquilo que realmente gosta. “Hoje em dia já não existem empregos estáveis, por isso mais vale fazer o que se gosta. Não tenho medo do amanhã”, garante a O MIRANTE.Agora, aos 37 anos, está apostado em construir o seu próprio negócio. Os anos em que trabalhou para algumas empresas do ramo automóvel na zona de Leiria deram-lhe conhecimentos e carteira de clientes que quer agora aproveitar para o projecto que vai arrancar em breve. Actualmente está à procura de um espaço para poder receber os clientes. Se tudo correr bem vai aderir ao Núcleo de Empresas, um projecto da Câmara de Ourém em parceria com a Aciso - Associação de Comércio, Indústria e Serviços do Concelho de Ourém. A ideia consiste em pôr vários empresários, que estão a dar os primeiros passos no mundo dos negócios, a partilhar um espaço e equipamentos no Centro Empresarial de Ourém. “O objectivo é apoiar os jovens empresários que estão a iniciar os negócios e dar vida aquele espaço”, refere.Bruno Claudino diz que o negócio dos automóveis não está “famoso” e o grande problema é a falta de financiamento da banca. Na sua opinião, as pessoas querem comprar mas estão assustadas, “muito por culpa” das notícias que aparecem na comunicação social que, diz, são “empoladas”. “As pessoas têm medo e se a banca financiasse as empresas não estariam com tantas dificuldades em vender”, esclarece acrescentando que acredita que em 2013 todos os negócios se tornarão mais fáceis.O jovem empresário começou a trabalhar cedo, embora não tenha sido por necessidade. Filho único, confessa que sempre teve tudo o que queria mas o dinheiro que os pais lhe davam não chegava para as suas “excentricidades”. “Também não gostava de lhes pedir dinheiro”, justifica. Aos 14 anos ajudava um vizinho nos pinhais. Era Bruno Claudino quem conduzia o jipe de Carlos Major, o grande responsável por lhe incutir a paixão pelos automóveis. “Fui a alguns ralis com os meus pais mas a maioria fui com o Carlos Major que me transmitiu esta paixão”, confessa.Bruno Claudino é um apaixonado por carro de competição. Sempre que tem oportunidade gosta de ir correr com os amigos. “A competição automóvel não é para quem quer, é para quem pode e eu não posso porque é dispendioso. Sempre que surge uma oportunidade vou com os meus amigos nos carros deles. Já fiz um rali de regularidade e quero fazer mais”, sublinha.Em 2011 foi um dos fundadores do Automóvel Clube de Ourém (ACO), um projecto que ainda está a dar os primeiros passos. Por enquanto ainda não passou da esfera virtual mas o grande objectivo é trazê-lo para o espaço físico. O ACO organizou o Salão Automóvel de Ourém, que se realizou em Março, e estão a organizar uma ida ao rali de Portugal no último fim-de-semana deste mês. “Gosto de proporcionar aos outros aquilo que também gosto de fazer. Faltava em Ourém um clube que abrangesse todas as colectividades do concelho ligadas ao desporto automóvel. O Automóvel Clube de Ourém desempenha esse papel e a experiência tem corrido muito bem”, afirma Bruno Claudino.O empresário recorda que a sua primeira “grande” paixão foram as motos mas o pai deixou bem claro, desde o início, que só lhe pagava a carta de condução de automóvel. “Fui eu que paguei a carta de duas rodas mas não tinha dinheiro para comprar uma mota e o meu pai ‘espetou-me’ logo com um carro. Apaixonei-me”, confessa acrescentando que o seu primeiro carro foi uma Renault 4L aos 18 anos.Bruno Claudino adora grandes velocidades - apesar de agora conduzir dentro dos limites da lei devido às várias multas que já sofreu - mas sempre que saía de casa fazia-o devagar. “Os meus pais iam à varanda ver-me sair e comentavam entre si que eu era cuidadoso e tinha juízo a conduzir. Mal eles sabiam que assim que virava a primeira esquina e deixava de ver a casa dos meus pais punha o pé no acelerador e era sempre a alta velocidade”, recorda entre risos.
Deixou um emprego estável para arriscar uma carreira no sector automóvel

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