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Salvaterra de Magos avança com petição contra reforma administrativa

Salvaterra de Magos avança com petição contra reforma administrativa

Autarcas não querem perder nenhuma freguesia do concelho

Já está a circular em todas as freguesias do concelho de Salvaterra de Magos uma petição que apela ao Governo à não obrigatoriedade de extinção e fusão de freguesias e à realização de um referendo local para auscultar a população. Presidentes de junta estão a preparar meios para levarem munícipes à manifestação de 31 de Março.

Tem sido intenso o movimento no concelho de Salvaterra de Magos contra a proposta da reforma administrativa do Governo que prevê a extinção de duas ou três das seis freguesias existentes. Depois de sessões de esclarecimento, abaixo-assinados e assembleias de freguesia extraordinárias, o objectivo passa agora por juntar pelo menos 4000 assinaturas numa petição que já está a circular para que seja discutida em plenário na Assembleia da República. Os presidentes das juntas de Muge, Granho, Marinhais, Salvaterra de Magos, Foros de Salvaterra e Glória do Ribatejo reuniram-se no dia 14 de Março e aprovaram uma recolha de assinaturas conjunta que sustente a petição que apela à não obrigatoriedade de extinção e fusão de freguesias e à consagração da audição obrigatória dos órgãos das freguesias e respectivas populações, através de referendo local. Também assinaram uma carta de apelo onde reforçam que a “divisão administrativa do município é considerada, por todos, equilibrada e adequada à realidade geográfica do concelho”. Os autarcas acrescentam que se a proposta da reforma for concretizada “o verdadeiro serviço de proximidade que as juntas prestam seria afectado de forma irremediável e negativa, com graves prejuízos para as populações já a braços com muitas dificuldades”. Esta posição concertada dos seis presidente de junta surge depois do PS e BE realizarem diversas acções contra a proposta da reforma administrativa. Numa primeira fase, o PS propôs um plenário de autarcas do concelho para tomarem uma posição conjunta, mas a proposta não acolheu apoiantes. O BE decidiu avançar então com sessões de esclarecimento em todas as freguesias do concelho e o PS marcou assembleias de freguesia extraordinárias nas juntas que detém - Marinhais, Muge e Glória do Ribatejo - e avançou com abaixo-assinados. Na última reunião do executivo da Câmara de Salvaterra de Magos, os autarcas acabaram por considerar que o concelho precisava de uma única resposta conjunta de todas as freguesias. As juntas de freguesia estão já a disponibilizar autocarros para levarem os munícipes que quiserem rumar a Lisboa, no dia 31 de Março, para uma manifestação contra a reforma administrativa organizada pela Associação Nacional de Freguesias (ANAFRE).PS revela “injustiça” perante outros concelhos da regiãoNa última reunião de câmara, o vereador do PS, Hélder Esménio, chamou a atenção para a “injustiça relativa” que o concelho de Salvaterra de Magos vai sofrer em relação a outros na região. Deu como exemplo os concelhos que têm aproximadamente um terço da população do concelho de Salvaterra de Magos e vão ficar com mais freguesias: Vila Nova da Barquinha perderá uma das cinco freguesias; Mação perderá duas, ficando com seis; Ferreira do Zêzere perde duas e fica com sete. O vereador também deu o exemplo de Alcanena que tem pouco mais de metade da população de Salvaterra de Magos e vai ficar com o dobro das freguesias. O vereador considera que se o concelho tivesse criado as freguesias da Várzea Fresca, do Cocharro e do Escaroupim (ou do Granho Novo) também estaria na posição de perder três freguesias, mas ficaria com seis. “Fomos cuidadosos, ao longo dos tempos, na criação das nossas freguesias e agora a proposta de lei castiga-nos como se não o tivéssemos sido”, revela o autarca.
Salvaterra de Magos avança com petição contra reforma administrativa

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