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Emoção e sentimento com alguma brejeirice

Emoção e sentimento com alguma brejeirice

II Encontro de Poetas Locais de Santarém realizou-se sábado
O II Encontro de Poetas Locais “Poetas da Nossa Terra” levou cerca de 30 amantes da poesia até à Sala de Leitura Bernardo Santareno, em Santarém, na tarde de sábado. Cada um dos inscritos apresentou três poemas. Alguns citaram autores conhecidos, outros ficaram-se pelos versos que a imaginação e os momentos do dia-a-dia vão passando da cabeça para o papel ou para o computador.Entre declamadores solenes e outros mais brejeiros, ouviram-se vozes como a grave e emocionada de José Luís Nazareth Barbosa ou a do vereador António Valente (que nem se saiu mal) e celebrou-se o Dia Mundial da Poesia, que teve lugar a 21 de Março. A poesia saída das relações pessoais, do amor ou da paixão por Santarém e pela poesia foram temas inspiradores, criados ou apenas lidos. A vertente popular e mais brejeira surgiu por alguns dos presentes mas sem demasiado picante. Fernando Morgado Fernandes, de Vale de Figueira, foi mecânico de profissão mas sempre se sentiu próximo das letras e da poesia. Tanto que já editou os títulos “Da Alma para a Escrita” e “Poetas da Nossa Terra”. “Em miúdo, com oito ou nove anos, comecei a entrar em teatrinhos e a gostar muito de ler e escrever. Mais tarde veio a guerra em Moçambique e muitos episódios que me ficaram na cabeça, como o de 30 dias no mar sem ver terra”, diz Fernando Fernandes, que ainda espera editar outro livro sobre a experiência em África. À sessão levou um poema de amor e outro sobre uma noite passada em claro. Muitos dos participantes de sábado repetiram a edição de 2011. Emília Leitão, da mesa administrativa da Misericórdia de Santarém, leu a determinada altura um poema sobre o rei D. João VI e um marquês que não seguiam a lei da corte de Lisboa, confessando o seu apreço pela mulata Conceição em terras de Vera Cruz. “Já vos disse que aqui em Paquetá / eu sigo a lei da corte de Lisboa / e não me digam que a mulata é má / porque eu decreto que a mulata é boa!”Maria Cremilda Salvador evocou os poetas moçambicanos. Filomena Custódio, José Luís Nazareth Barbosa, Eduardo Nazareth Barbosa ou Maria da Purificação apelaram à emoção. Mais simples, Jorge Lopes, bancário aposentado, grava na memória momentos, gestos ou palavras que ouve. No dia de celebrar a poesia criou um poema que a dada altura dizia: “Para sentir esta beleza natural, não é preciso sair da cidade / Temos aqui ao lado o Jardim da Liberdade, onde nem tudo é artificial mas respira-se pura energia / os polens é que são uma maçada, mexem com a minha alergia e fico com a cara toda encarnada (...)”.
Emoção e sentimento com alguma brejeirice

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