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Sábado à tarde o teatro sai à rua em Tomar pela mão do “Fatias de Cá”

“A Tempestade “ de Shakespeare entre o Convento de Cristo e a Igreja de Santa Maria do Olival
A representação da peça “A Tempestade” de Shakespeare tem início sábado, 31 de Março, às 14h14 na escadaria filipina do Convento de Cristo em Tomar e vai descendo até à cidade, passando pela Capela de Nossa Senhora da Conceição, Coreto do Jardim da Várzea Grande e ilha do Mouchão. O epílogo é representado depois do jantar, a partir das 22h22, no Rossio da Igreja de Santa Maria do Olival. Para que ninguém perca nada, as várias cenas são representadas mais que uma vez ao longo da tarde.A iniciativa, com a designação em inglês “Storm” é co-financiada pelo programa Cultura da Comunidade Europeia e tem como parceiros o Teatro Nacional de Elblag (Polónia) e a Universidade de Lincoln (Inglaterra). As cenas da peça, representadas em duas línguas nos vários locais da cidade, são apresentadas a grupos de 50 pessoas, guiados por um cicerone. Haverá também intérpretes.O evento conta ainda com a colaboração do Takebue Theatre (Japão), da Tuna Feminina do Instituto Politécnico de Tomar, das Águas Dançantes, da Escola Equestre Vítor Rodrigues e do tenor Luís Pinto, para além do Município de Tomar e do Convento de Cristo.A adaptação da peça, que é considerada a última ou a penúltima escrita por Shakespeare, é da autoria do encenador do Fatias de Cá Carlos Carvalheiro que lhe deu o sub-título: “O perdão é uma forma de vingança”. A primeira versão remonta a 1995, com o trabalho desenvolvido pelo autor no Teatro da Escola da Barquinha. Foi depois reposta pelo Fatias de Cá, em 2001, no Castelo de Ourém e fez carreira, desde então, com elencos diversos, no Museu Machado de Castro em Coimbra, no Castelo de S. Jorge em Lisboa, no Parque Ambiental de Santa Margarida em Constância ou no Mouchão em Tomar. Dessa versão foi feita uma primeira experiência, em 2009, em português e japonês (Aljubarrota e França), numa parceria deCá e Teatro Takefu (Japão), que aceitou o convite para voltar a estar presente nesta actividade. A história narrada em “A Tempestade” é resumida assim por Carlos Carvalheiro: “Alonso, o rei de Nápoles convence António a usurpar o trono de Milão ao irmão, Prospero. Este e a filha são abandonados no alto mar por Gonçalo, que assim desobedece às ordens de os matar. Prospero chega a uma ilha onde encontra Ariel e lhe pede para inventar uma tempestade que faça naufragar na ilha todos os seus inimigos. Prospero vai criando situações que levam os seus inimigos ao desespero. Quando, finalmente, se podia vingar do que lhe tinham feito, decide perdoar-lhes”.

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