O que faz mais falta na sua terra?Falta alcatroar a estrada principal que tem muito movimento e não está em muito bom estado para circulação de automóveis. Com o corte nas transferências financeiras do Governo para as autarquias não há verbas para melhorar o pavimento. Infelizmente o saneamento básico ainda está por construir. Já alguma vez deu sangue?Nunca dei sangue porque nunca senti um forte apelo. Às vezes vejo as campanhas para as recolhas e fico com vontade de dar mas nunca surgiu a oportunidade. Mas quando leio nos jornais que anualmente são incinerados milhares de unidades de plasma sem ninguém explicar o porquê dessas situações, sinto que não vale a pena estarmos a dar.De que objecto é que não se consegue separar?Do telemóvel. É aquele objecto do qual não me consigo separar, embora às vezes tenha vontade. Mas a minha profissão não me permite estar longe dele. Além disso, é extremamente útil para comunicar com a minha família. Como sou muito despistado é normal esquecer-me dele em todo o lado e ter que voltar para trás para o ir buscar.Qual é o sonho que ainda gostava de realizar?Como qualquer pessoa tenho muitos sonhos por realizar embora tenha consciência que os sonhos são ilusões. Gostava muito de ter outro filho embora as circunstâncias do país sejam adversas. Todos os dias vamos realizando pequenos sonhos de acordo com as nossas possibilidades. Como não jogo no euromilhões não posso esperar grande coisa (risos).Imagina-se reformado?Sinceramente, não. Sou uma pessoa muito activa, sempre com muita coisa para fazer e espero continuar com este espírito até morrer. Obviamente que o tempo se irá encarregar de me fazer mudar de ideias (risos). Costumo praticar todo-o-terreno de mota com o meu sobrinho, que é quase 20 anos mais novo, e quando paramos para descansar ele já me diz na brincadeira que estou a ficar velho. Quando estiver reformado gostava de poder fazer as mesmas coisas que faço agora mas sei que não vai ser fácil.Concorda com a eliminação de alguns feriados?Concordo. Acho que existe um excesso de feriados e as pessoas aproveitam para fazer pontes e isso prejudica o desenvolvimento económico do país. Mas também defendo que é preciso bom senso nos feriados a eliminar.Se tivesse oportunidade de entrevistar o primeiro-ministro, o que lhe perguntava?Só lhe perguntava se ele e o seu governo já repararam que a restauração, que tantos empregos criou, neste momento está a fazer despedimentos quase em massa devido ao elevado aumento da carga fiscal.