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Queria ser engenheiro do ambiente mas formou-se em engenharia civil

Eduardo Russo Gomes é sócio-gerente da empresa Lusiprojecto

O empresário diz que não há rotinas. O trabalho é feito de segunda a sexta-feira, mas também aos sábados e domingos que o exijam. Conta com um colaborador no escritório e mais dois colaboradores independentes.

Foram os testes psicotécnicos realizados na Escola Secundária Sá da Bandeira, em Santarém, que indicaram o mundo da engenharia a Eduardo Russo Gomes como futuro profissional. Não a civil, que veio a abraçar, mas a do ambiente, mas sempre a engenharia.Filho de uma professora, falecida prematuramente aos 46 anos, e de um talhante, Eduardo Russo Gomes, 33 anos, tentou seguir a indicação dos testes psicotécnicos mas falhou por décimas a entrada no Instituto Superior Técnico. Para não estar um ano parado inscreveu-se na Universidade Lusófona mas a engenharia do ambiente só estava disponível em horário nocturno, o que fez com que acabasse por se transferir para a Universidade da Beira Interior, para cursar engenharia civil. Foi esse curso que acabou por completar em cinco anos já na Universidade de Coimbra, para onde finalmente se mudou para estar mais perto de casa. Concluiu o curso com um Erasmus em Itália.O falecimento da mãe, em 2002, fez com que tivesse de cuidar de si e do irmão Diogo, três anos mais novo. O pai teve um talho no mercado de Santarém onde Eduardo ajudava aos sábados a atender clientes. Trabalhava em Agosto para ajudar o pai mas nunca pensou que aquele seria o seu negócio de futuro, apesar de até apreciar a actividade. O primeiro emprego a sério surgiu na recepção do Seminário de Santarém a atender turistas e dar informações. O dinheiro reunido após o primeiro salário teve fim imediato: a compra de um capacete de mota para poder conduzir a sua “acelera”.Para dispor de dinheiro, Eduardo não teve pruridos em trabalhar em pintura de construção civil e como servente de pedreiro na companhia de amigos. Foi com eles que gozou o dinheiro ganho em férias passadas em terras algarvias. No final de 2005, com o curso concluído, trabalhou algum tempo na imobiliária aberta pelo pai e foram aparecendo os primeiros projectos ligados à engenharia civil. Entretanto, surge a oportunidade de estagiar na Câmara de Santarém no departamento de urbanismo. Passou um ano e teve oportunidade de continuar no departamento de obras municipais. Quando se pensava que podia seguir uma carreira municipal, saiu da autarquia para assumir a gestão da Lusiprojecto - Soluções em Engenharia, Lda, que o irmão formara.É na empresa, sedeada no número 7 da chamada rua do Mercado, em Santarém, que Eduardo Russo Gomes desenvolve a sua actividade. Num momento em que o mercado baixa a actividade comercial no sector imobiliário é nos projectos de edifícios de habitação que dá o salto para novos desafios.“Apostámos nas avaliações acústicas e, mais recentemente, nas certificações energéticas que são exigidas também no mercado de arrendamento. Fazemos também avaliações imobiliárias, procedendo ao diagnóstico do estado de conservação de edifícios”, realça. A empresa que dirige está ainda apta a delinear planos e projectos contra incêndios e medidas de autoprotecção. No escritório de uma casa antiga, com vista para o tribunal da cidade, Eduardo Russo Gomes tem no computador o seu grande aliado. É nele que desenvolve toda a actividade, desde a realização dos projectos aos contactos electrónicos. Jogou rugby na Agrária de Coimbra e no Rugby Clube de Santarém mas nunca pensou seguir a modalidade de forma profissional. Nos tempos livres pega na sua KTM 450 de enduro e gosta de percorrer trilhos com outros adeptos das duas rodas. Quando pode, dedica tempo a visitar e a conviver com os amigos que conheceu nos tempos de Lisboa, Coimbra ou Covilhã.Foi pai de um menino há seis meses e meio e a mãe é a recém-empossada vereadora da Câmara de Santarém, Maria Teresa Azoia. “Fizemos um pacto, em casa não se fala da câmara, senão instala-se a confusão”, graceja Eduardo, que também é eleito do PSD na Assembleia Municipal de Santarém. Questionado se um dia gostaria de ser vereador ou presidente da câmara da sua cidade, Eduardo responde que para servir o interesse público em prol de Santarém está sempre disponível.

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