Este assalto foi no mínimo surpreendente e surreal. Vê-se que foi coisa planeada de qualquer maneira por tipos que andavam nisto há pouco tempo. O ladrão que fugia com as malas era tão gordo e atarracado que se não fossem os seguranças a agarrá-lo outras pessoas o fariam. Ninguém o fez, claro, com medo, mas a verdade é que se esperava que o ladrão fosse um tipo atlético cheio de garra para fugir com o dinheiro. E o que dizer do facto de ter fugido pela porta da frente do centro comercial, onde estava a carrinha de valores, em vez de ter fugido pela porta dos fundos? Se o fizesse o desfecho poderia ter sido bem diferente. Acho que toda a situação serviu para de uma vez por todas se pensar na forma como as empresas de segurança realizam estas operações e estudar alternativas. Mas sobretudo é um caso que reflecte a insegurança que se está a viver e a dificuldade em contê-la. Ricardo Antunes