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Construção de biblioteca de 5,6 milhões em Vila Franca de Xira pode estar comprometida

Construção de biblioteca de 5,6 milhões em Vila Franca de Xira pode estar comprometida

Oposição em maioria na câmara levanta reservas a um projecto considerado “megalómano”

Enquanto a oposição faz jogo político a cidade de Vila Franca de Xira arrisca-se a perder a oportunidade de ter uma nova biblioteca na frente ribeirinha, onde hoje se ergue a degradada Fábrica do Arroz. Na última semana a coligação Novo Rumo e a CDU levantaram reservas sobre o projecto e existe o risco de se perderem os fundos comunitários.

Vila Franca de Xira arrisca-se a ficar sem uma nova biblioteca na degradada Fábrica do Arroz porque os vereadores da oposição, que estão em maioria na câmara municipal, estão a levantar reservas ao projecto e obrigaram na última reunião a que as verbas afectas ao projecto fossem reclassificadas, no âmbito da primeira revisão do orçamento.A maioria socialista quer investir 5,6 milhões de euros na nova biblioteca, aproveitando fundos comunitários para reabilitar aquela zona degradada da cidade. O projecto do arquitecto Miguel Arruda prevê um edifício com características que apenas se encontram em algumas bibliotecas de Londres e Nova Iorque. Mas a oposição levanta reservas à dimensão da obra e poderá mesmo inviabilizá-la caso não consiga chegar a um consenso com os socialistas, que estão em maioria relativa. A CDU classifica o projecto como “megalómano” para o período de crise que se vive. A Coligação Novo Rumo, liderada pelo PSD, não se opondo directamente, exige explicações sobre quanto custará manter em funcionamento uma estrutura composta por seis pisos e suportes robotizados.A verba que estava afecta à construção da biblioteca no orçamento teve de ser retirada e colocada na rubrica “outros”. A situação, garante Maria da Luz Rosinha (PS), não inviabiliza a construção do equipamento mas torna mais vagaroso um processo que tem de estar concluído até Junho de 2013, sob pena de se falhar os prazos previstos no programa de apoio comunitário de parcerias para a regeneração urbana. A candidatura do município já tem uma aprovação de princípio e os eleitos socialistas consideram que será “uma oportunidade perdida” se Vila Franca não conseguir aproveitar os fundos comunitários para avançar com a nova biblioteca.“A CDU foi a primeira força política a defender uma nova biblioteca na cidade, ela é bem-vinda e desejável. Mas não podemos estar de acordo com um projecto megalómano”, acusou Nuno Libório (CDU). Na última Assembleia Municipal o eleito comunista Carlos Braga voltou a garantir que uma biblioteca com aquela dimensão “nunca merecerá a aprovação da CDU”. O vereador Rui Rei (PSD) exigiu saber quanto vai custar a manutenção da nova biblioteca. “São matérias em que a câmara deve estar atenta e ter todos esses factores ponderados”, disse.A fábrica do arroz, recorde-se, está desactivada desde 1980 e foi adquirida pelo grupo Obriverca, que pretende construir naquela unidade industrial um edifício com habitação, lojas e esplanadas. O projecto da biblioteca é de Miguel Arruda e prevê a utilização de parte das fundações dos silos de descasque de arroz, que hoje servem de abrigo a toxicodependentes.
Construção de biblioteca de 5,6 milhões em Vila Franca de Xira pode estar comprometida

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