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Piscinas de Azambuja vão continuar fechadas por falta de dinheiro

Câmara não prevê quando é que pode reabrir equipamento que servia 500 utentes

A Câmara Municipal de Azambuja não tem dinheiro para reparar as piscinas. Cerca de 500 utentes estão há um ano e quatro meses impedidos de utilizar o equipamento e a autarquia nem sequer tem condições para transportá-los para as piscinas dos concelhos vizinhos.

As piscinas municipais de Azambuja, que serviam uma média de 500 utentes, vão continuar encerradas por tempo indeterminado porque a câmara municipal não tem dinheiro para realizar a obra de requalificação do espaço. A única hipótese de resolver a situação é haver financiamento comunitário, mas não se sabe quando e se vão abrir candidaturas.O equipamento está fechado há um ano e quatro meses. A grande esperança é que as candidaturas a fundos comunitários possam ser abertas este ano ou no próximo, já que o Quadro de Referência Estratégico Nacional termina no final de 2013. Se isso não acontecer vai ser muito difícil à autarquia conseguir fazer as obras a expensas suas nos próximos anos. A obra que seria preciso efectuar no espaço - instalação de painéis fotovoltaicos, reconversão das cubas, do equipamento técnico e remodelação das condições de higiene e salubridade dos balneários - orçava em 630 mil euros. A Câmara de Azambuja, a braços com uma dívida que ronda os 27 milhões de euros, não tem capacidade para realizar a obra sem o apoio comunitário, como já admitiu o seu presidente, Joaquim Ramos (PS). O autarca reconhece o transtorno que o encerramento das piscinas causa aos munícipes e disse que a câmara já encetou contactos com os vizinhos concelhos de Alenquer e Cartaxo para receberem nas suas piscinas os utentes de Azambuja. “Mas quando tudo estava pronto para ser concretizado saiu legislação que inviabilizou essa situação, por causa da limitação do serviço extraordinário dos motoristas que levariam os utentes até às piscinas vizinhas”, informou Joaquim Ramos. Joaquim Ramos foi questionado na reunião do executivo camarário pelo vereador António Nobre (CDU), que lamentou o facto de o equipamento estar encerrado há quase um ano e meio e de continuar a não haver alternativas para os utentes do concelho. Também o social-democrata António Jorge Lopes lamentou o facto de as piscinas continuarem encerradas. “Era uma obra prioritária e com o dinheiro gasto na construção da praça de touros (cerca de 600 mil euros) teria feito as obras nas piscinas, é uma questão de bom senso”, lamenta.As piscinas de Azambuja foram construídas em 1996. Nove anos depois, em 2005, foi colocada uma cobertura no equipamento, que passou a receber mais utentes. Em Agosto de 2010 a necessidade de intervenções profundas na estrutura levou ao seu encerramento. Na altura Joaquim Ramos prometeu que o fecho do equipamento ia durar apenas um ano mas a promessa não se concretizou. O autarca justificou o atraso com o facto de não haver financiamento comunitário para obras de recuperação de equipamentos. “Apenas permitem a construção de novas piscinas e por isso estamos a aguardar”, justificou em Setembro de 2011 a O MIRANTE.

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