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Presidente da Assembleia Municipal de Vila Franca acusado de atitudes autoritárias e antidemocráticas

Presidente da Assembleia Municipal de Vila Franca acusado de atitudes autoritárias e antidemocráticas

Secretário da mesa apresenta demissão dizendo que João Quítalo é submisso à câmara

O segundo secretário da mesa da Assembleia Municipal de Vila Franca de Xira, António Matos Oliveira, apresentou a sua demissão na última reunião pública daquele órgão acusando o presidente da assembleia de tomar atitudes discricionárias, autoritárias e antidemocráticas. João Quítalo respondeu dizendo que não aceita lições de democracia.

O segundo secretário da mesa da Assembleia Municipal de Vila Franca de Xira, António Matos Oliveira (coligação Novo Rumo liderada pelo PSD), apresentou a sua demissão do cargo acusando o presidente deste órgão, João Quítalo (PS), de ser autoritário e ter atitudes discricionárias e antidemocráticas. O presidente responde dizendo que não recebe lições de democracia. Na assembleia de 12 de Abril, realizada em Póvoa de Santa Iria, António Matos surpreendeu João Quítalo no início da sessão com a sua carta de demissão. O presidente tentou evitar que a missiva fosse lida na sessão, sugerindo que a mesma fosse discutida numa reunião privada. Só depois da insistência das bancadas da CDU e da Coligação Novo Rumo o presidente da mesa leu a carta, embora visivelmente contrariado. No documento António Matos acusa João Quítalo de acumular situações “discricionárias e antidemocráticas”, ao mesmo tempo que mostra “uma atitude submissa” quando a presidente da câmara deseja usar da palavra. António Matos acusa ainda o presidente da mesa de ter uma atitude “exageradamente autoritária” quando se trata de dar a voz a elementos da assembleia.“Na última reunião este comportamento atingiu o extremo inaceitável quando o senhor presidente, relativamente a uma eleita que sempre interveio neste fórum de forma respeitosa, a impediu de forma abusiva que utilizasse o seu direito de interpelação à mesa”, condena António Matos. Na resposta João Quítalo limitou-se a pedir para a assembleia “não eternizar a discussão”.A Coligação Novo Rumo disse desconhecer o mal-estar que reinava na mesa e os eleitos do PS consideraram a carta “uma afronta”. Este é mais um dos episódios da guerra política que se abriu depois de a presidente da câmara ter retirado, no final do ano passado, os pelouros aos vereadores da coligação. Na mesma sessão João Quítalo viria a ser criticado por não querer dar a palavra a um munícipe que desejava falar sobre o orçamento municipal, invocando impedimentos legais. Mas depois de eleitos da coligação terem explicado que o presidente estava a fazer uma interpretação errada da lei, o munícipe lá foi autorizado a intervir. Recentemente, recorde-se, João Quítalo impediu que o munícipe Rui Perdigão usasse da palavra, por ter chamado “palhaço” em 2006 ao então presidente da assembleia municipal, João Gaspar.Socialista Isabel Santos substitui António MatosNa sequência da demissão de António Matos Oliveira foi indicada a socialista Isabel Santos para segunda secretária da mesa. Nem a coligação Novo Rumo nem a CDU apresentaram propostas de nomes para substituir o demissionário António Matos.
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